Sem coturno, quepe ou pistola em punho, 302 policiais militares e 77 civis da Bahia adotaram o discurso como arma. Decididos a pendurar o distintivo por um tempo para tentar a carreira política, seja como candidatos a prefeito, vice ou vereador, cresceram no número de policiais que vão à disputa nestas eleições em relação as eleições de 2008.
Marco Prisco, líder da greve da PM na Bahia ganhou destaque internacional, mas além dele 378 PMs lançaram-se candidatos a vereador no estado. Em Ilhéus, os soldados Augusto Junior(PSB), Luís Carlos Escuta (PP) e o Delegado da Polícia Civil, José Cupertino (PT do B); em Santo Antônio de Jesus, sargento Marcus Vinícius (PSD), em Feira de Santana, o soldado Josafá Ramos (PPS), em Dias D’Ávila, soldado Ivan Leite (PMDB), ; Lourival Moreira (PTN), em Paulo Afonso e o subtenente Evaldo Silva Santos (PSB), em Alagoinhas. Outros dois que também foram presos juntos com Prisco, o soldado Fábio Brito (Psol) e o sargento Elias Brito de Lima (PPL), também registraram candidatura na Justiça Eleitoral, mas cogitam sair da disputa.
O fenômeno da multiplicação de candidatos policiais não é restrito à Bahia. No Amapá e no Maranhão, o aumento foi de 76% e 46%, respectivamente. Além do salto no número de candidaturas com distintivo, os três estados têm outro fator em comum: foram palcos de movimentos grevistas de policiais em 2011 e 2012, com ampla repercussão nacional. No movimento contrário, estados em que as greves não ganharam corpo, como São Paulo, o aumento foi de 8%. Em Santa Catarina, houve queda de 1%.
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