quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Carla Cepollina é absolvida pela morte do coronel Ubiratan por falta de provas


Carla Cepollina, em foto de 27 de setembro de 2006 (Foto: Eliaria Andrade/Agência O Globo)
A advogada Carla Cepollina, de 47 anos, foi absolvida nesta quarta-feira (7), no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Após três dias de julgamento, os jurados decidiram que não havia provas suficientes para condenar a advogada. Carla é acusada de assassinar o coronel Ubiratan Guimarães - conhecido por ter comandado a invasão do Carandiru em 1992. Ele foi morto com um tiro no abdome em setembro de 2006.
O julgamento terminou na noite desta quarta, após promotor e advogado de defesa apresentarem suas declarações finais. A promotoria acusou Carla de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, os promotores ressaltaram o temperamento impulsivo da acusada e o fato de ela ser a única que viu o coronel na noite do crime. 
Já os advogados de defesa mostraram laudos periciais que, segundo eles, comprovam que Carla não estava no local e hora do crime. Os advogados de defesa sustentaram que não há indícios de provas suficientes para ligar a advogada ao assassinato do coronel Ubiratan.
A ré também afirmou que a acusação não tem provas suficientes para condená-la. "Todo crime deixa um rastro. Mas essa acusação não tem provas para me condenar. Tem apenas uma historinha de quinta categoria." No primeiro dia de julgamento, na segunda-feira (6), Carla chegou a ser expulsa do plenário após interromper o depoimento de uma das testemunhas da acusação.A acusada prestou depoimento na terça-feira (6), durante o segundo dia de julgamento. Carla Cepollina disse que a morte do coronel foi um crime político, e acusou um assessor de Ubiratan, o coronel da reserva Gerson Vitória, que também já morreu.
Carandiru
Ubiratan Guimarães tinha na época 63 anos e atuava como deputado estadual. Ficou conhecido como o comandante da invasão ao presídio do Carandiru, zona norte de São Paulo, durante uma rebelião em 1992. O episódio, chamado de massacre do Carandiru, deixou 111 presos mortos. O coronel chegou a ser condenado a mais de 600 anos de prisão pelas mortes, mas foi absolvido pelo órgão especial do TJ-SP.

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