Um grupo de brasileiros entregou para a blogueira cubana Yoani Sanchéz passagens aéreas para o Brasil. Os bilhetes foram comprados com o dinheiro arrecadado em uma "vaquinha" organizada na internet pelo cineasta baiano Dado Galvão, diretor do documentário Conexão Cuba-Honduras. Desde 2010, Galvão tenta trazer Yoani para assistir a uma exibição de seu filme, que conta a vida da blogueira e de outros dissidentes cubanos. Ele convenceu amigos a adquirir passagens com datas flexíveis, que permitiriam a Yoani definir o cronograma de sua viagem caso consiga autorização do governo para sair da ilha. Quatro dos participante da "vaquinha" – o jornalista e blogueiro Rafael Velame, o médico César Oliveira, o publicitário Xiko Melo e Angelo Almeida – foram até o apartamento de Yoani, em Havana, para entregar os bilhetes pessoalmente, no dia 23.
Galvão publicou um vídeo em seu canal no Youtube em que Yoani aparece agradecendo aos brasileiros pela passagem e dizendo que espera conhecer o país em breve.
A esperança do cineasta está na decisão do governo de Raúl Castro de facilitar as viagens de cubanos para fora do país, anunciada no mês passado. As medidas entram em vigor em 14 de janeiro de 2013. Mas tanto Galvão quanto Yoani sabem que os bilhetes podem ser inúteis. Um dos decretos assinados por Castro dá a entender que os dissidentes políticos ou qualquer outro cubano visto como um estorvo ao governo não terão trânsito fácil entre as autoridades imigratórias. Segundo o texto, não sairão da ilha aqueles que não tenham autorização de acordo com os critérios de manutenção da "segurança e proteção da informação oficial”.
A redação obscura pode dar margem a múltiplos entendimentos, mas os opositores ao regime entenderam que o recado é para eles. O artigo 25 desse decreto diz ainda que haverá veto de saída “quando, por outras razões de interesse público, o determinem as autoridades responsáveis”. Não há nada no texto que explique o que seriam essas razões e quais autoridades as definiriam. Yoani, a mais conhecida crítica do regime em âmbito internacional, afirma que vai testar a liberação de viagens assim que a lei vigorar. Até hoje, segundo ela, foram 20 tentativas frustradas de ir ao exterior nos últimos cinco anos
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A esperança do cineasta está na decisão do governo de Raúl Castro de facilitar as viagens de cubanos para fora do país, anunciada no mês passado. As medidas entram em vigor em 14 de janeiro de 2013. Mas tanto Galvão quanto Yoani sabem que os bilhetes podem ser inúteis. Um dos decretos assinados por Castro dá a entender que os dissidentes políticos ou qualquer outro cubano visto como um estorvo ao governo não terão trânsito fácil entre as autoridades imigratórias. Segundo o texto, não sairão da ilha aqueles que não tenham autorização de acordo com os critérios de manutenção da "segurança e proteção da informação oficial”.
A redação obscura pode dar margem a múltiplos entendimentos, mas os opositores ao regime entenderam que o recado é para eles. O artigo 25 desse decreto diz ainda que haverá veto de saída “quando, por outras razões de interesse público, o determinem as autoridades responsáveis”. Não há nada no texto que explique o que seriam essas razões e quais autoridades as definiriam. Yoani, a mais conhecida crítica do regime em âmbito internacional, afirma que vai testar a liberação de viagens assim que a lei vigorar. Até hoje, segundo ela, foram 20 tentativas frustradas de ir ao exterior nos últimos cinco anos
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