O ministro Joaquim Barbosa assumiu oficialmente a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta quinta-feira (22), em solenidade que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, ministros e governadores, entre outros.
Barbosa fez o juramento e assinou o termo de compromisso, em cerimônia conduzida pelo ministro Celso de Mello. Em seu discurso, o novo presidente da Suprema Corte disse que há um "déficit de justiça" no Brasil. “É preciso ter a honestidade intelectual para reconhecer que há um grande déficit de Justiça entre nós. Nem todos os cidadãos são tratados com a mesma consideração quando buscam a Justiça. O que se vê aqui e acolá é o tratamento privilegiado”.
Barbosa se comprometeu a presidir um Judiciário mais eficaz e sem floreios, e ressaltou a importância do papel do juiz na sociedade. Além disso, ressaltou o papel da Suprema Corte na vida política brasileira. "Nesta casa são cada vez mais discutidas as questões mais centrais da vida do brasileiro. E isso é muito bom. E isso é muito positivo".
Também discursaram o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante.O ministro do STF Luiz Fux também discursou na cerimônia de posse. Em seu discurso, Fux traçou a tragetória de Barbosa e elogiou o colega, que segundo ele é um "paradigma de cultura, independência, coragem e honradez". O ministro destacou o senso de justiça e ética de Barbosa, e disse que o STF está aberto ao diálogo com a sociedade e os demais poderes da República.
Posse reuniu autoridades e artistas
A posse do ministro Joaquim Barbosa reuniu autoridades e artistas no plenário da Corte e outras áreas do Tribunal, especialmente preparadas para o evento. O evento contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff e dos presidentes do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-SP).
A chegada de Barbosa à presidência também reuniu governadores, ministros de Estado e ex-ministros do STF. Parentes de Barbosa e do vice-presidente Ricardo Lewandowski, ministros de tribunais superiores, representantes classistas da magistratura e lideranças do movimento negro podem ser vistos no plenário.
A classe artística e esportiva está representada por Milton Gonçalves, Lázaro Ramos, Lucélia Santos, Martinho da Vila, Regina Casé, Nelson Piquet e o ex-jogador de futebol e atual deputado federal Romário (PSB-RJ). O Hino Nacional foi executado pelo bandolinista brasiliense Hamilton de Hollanda.
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