A artista plástica brasileira Patrícia Kaufmann procurava um tema para se aprofundar em seu trabalho, quando viu uma criança brincando com uma boneca Barbie. “As crianças são obcecadas pela Barbie, com seu mundo próprio, sua casa, seu carro, seu palácio. Fiquei interessada por ela como representação de mulher”, conta.
Patrícia recriou uma Barbie sexy, suave e até um pouco melancólica, como uma mulher na sua intimidade. Batendo o olho de relance, é possível até confundi-la nas fotos com uma mulher real, em poses sensuais.
“Tem uma mensagem de perfeição nela que me interessou. Retrato a Barbie mais suavizada, em momentos mais humanos, de solidão, de introspecção, como uma mulher sexy. Não é mais uma figura plástica, é ela, humanizada”, diz a fotógrafa. “Você olha e pode se projetar nas fotos”, diz.
Em um dos seus trabalhos anteriores, Patrícia desconstruiu o mito da perfeição que a boneca carrega. “A primeira releitura foi mais chocante. Coloquei a Barbie como travesti, prostituta, nas Forças Armadas, num caixão”, conta.
Essa visão sensual e humanizada da Barbie permite às mulheres adultas fantasiarem. “Como a criança se vê naquele mundo ao mesmo tempo real e imaginário, o adulto diante da foto se transporta e se vê no personagem. Você pode sonhar com aqueles momentos”.
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