O ator Sacha Baron Cohen, em cena
Novo trabalho do criador Sacha Baron Cohen – criador de "Borat" (2006) e "Bruno" (2009) –, "O ditador" não é um tributo a "O grande ditador" (1940), de Charlie Chaplin. Ainda assim, Ben Kinsley, que está no elenco do longa que estreia nesta sexta-feira (24) no país, não foge à comparação entre Baron Cohen e o mito do cinema mudo.
"Podemos atingir muitas pessoas por meio de uma gargalhada. É algo que vem sendo comprovado durante anos. Chaplin conseguiu fazer isso com bastante sucesso", afirmou ele, durante entrevista em Nova York para divulgar "O ditador". "Eu acredito que Sacha pegou essa mentalidade do Charlie Chaplin. Ele é o nosso Charlie Chaplin."
"Podemos atingir muitas pessoas por meio de uma gargalhada. É algo que vem sendo comprovado durante anos. Chaplin conseguiu fazer isso com bastante sucesso", afirmou ele, durante entrevista em Nova York para divulgar "O ditador". "Eu acredito que Sacha pegou essa mentalidade do Charlie Chaplin. Ele é o nosso Charlie Chaplin."
Em "O ditador", Sacha Baron Cohen segue a mesma linha de suas aventuras anteriores, os citados "Borat" e "Bruno" . A produção mostra, mais uma vez, um estrangeiro descobrindo a América e criticando o sistema. O filme é uma sátira a diversos ditadores da história da humanidade, especialmente figuras mais recentes, como Saddam Hussein (1937-2006), do Iraque; Muammar Kadhafi (1942-2011), da Líbia; e Kim Jong-il (1941-2011), da Coreia do Norte. É a este último que o trabalho é ironicamente dedicado.
Livremente inspirado no livro "Zabibah and the king", escrito por Saddam Hussein, "O ditador" conta a história de um atroz mandatário, o General Aladeen, que faz tudo para garantir que a democracia não chegue ao seu país, o fictício Estado de Wadiya. O longa relata as extravagâncias, a vaidade e as crueldades do déspota, mas também a falta de conhecimento típica desses líderes autoritários e egocêntricos, que são perfeitas caricaturas para o cinema.
Logo no início, uma ameaça de invasão aos Estados Unidos obriga Aladeen a viajar para Nova York, para explicar suas intenções em uma reunião na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, quando seu tio e conselheiro, interpretado por Ben Kingsley, coloca em prática um plano de traição, o General se vê anônimo e sem dinheiro nas ruas de Manhattan. Assim como Borat, Aladeen fica atordoado com o mundo ocidental e passa a depender da caridade da dona de um mercado orgânico, interpretada por Anna Faris, que tenta ajudá-lo sem saber que está lidando com o temido ditador.
"Ele [Sacha Baron Cohen] é ótimo, mas é louco", avalia Anna. "Ele tem um senso de humor que é selvagem. Ele vive o personagem o tempo todo. Nós improvisamos muito. Todo dia eu pensava: 'onde essa cena vai parar hoje, eu não tenho ideia'."
Já o ator Jason Mantzoukas, que interpreta um cientista nuclear, brincou com o fato de, na vida real, ser "confundido" com terrorista. "Você acha que eu pareço com um terrorista? Como você ousa? Eu sempre passo por problemas no aeroporto, os guardas ficam me olhando...", disse.
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