A Bolívia vai entrar com processos judiciais no Brasil contra a revista "Veja" por conta de uma reportagem da publicação editada em junho. A matéria vinculava um ministro boliviano com o esquema de narcotráfico na América do Sul. A informação é da Folha Online.
De acordo com Juan Ramón Quintana, ministro mencionado pela "Veja", serão dois processos distintos - um do Estado, que teria tido a dignifidade ofendida pela reportagem, e outro de "índole pessoal" partindo do próprio Quintana.
A reportagem tem o título de "Bolívia: A república da cocaína" e nela a revista diz que teve acesso a relatórios de uma unidade de inteligência da polícia boliviana que revelam que Quintana em 2010 teria uma "conexão direta" com o traficante brasileiro Maximiliano Dorado Munhoz Filho. Hoje, Quintana é o segundo homem mais poderoso da Bolívia. Na ocasião, ele era diretor da Agência para o Desenvolvimento das Mascrorregiões e Zonas Fronteiriças.
Uma ex-miss Bolívia, Jessica Jorgan, também faria parte do esquema, segundo a revista - trabalhando como diretora regional de Desenvolvimento no Estado de Beni.
"Esperamos que o nosso embaixador Jerjes Justiniano possa avançar com esse processo com a ajuda de advogados que contratamos no Brasi", declarou Quintana. Justiniano é embaixador da Bolívia no Brasil desde julho e anunciou que sua primeira missão será conseguir uma retificação da "Veja" em relação à reportagem. A "Veja" não se manifestou sobre o assunto.
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