segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Jovem de 26 anos foi confundido com ladrão após quebrar vidro de carro. Fato aconteceu na tarde desta sexta-feira (13).

Um rapaz diagnosticado com esquizofrenia foi agredido por populares e amarrado pelo pescoço em um poste após quebrar o vidro de um carro que estava estacionado na avenida Prudente de Morais, na tarde desta sexta-feira (13), no bairro de Lagoa Seca, em Natal. A Polícia Militar foi acionada e encaminhou Igor Carlo Guerra do Nascimento, de 26 anos,  para a Delegacia de Plantão da zona Sul. Não foi registrado boletim de ocorrência nem por parte do dono do carro, nem por parte do rapaz agredido.
Uma pessoa que passava pelo local registrou a agressão e enviou o vídeo ao G1. O vídeo mostra o rapaz sendo amarrado pelo pescoço com uma corda em um poste e levando chutes e murros de populares.
A mãe de Igor, a auxiliar de farmácia Minerva de Medeiros, de 49 anos, contou ao G1 que o filho saiu de casa para ir a uma consulta com o psicólogo. Ela terminava de se arrumar para acompanhá-lo, mas ele não quis esperar. “Ele foi na frente e eu saí em seguida. Quando vi a confusão na avenida Prudente de Morais me aproximei e vi que era meu filho. Eu comecei a gritar, a pedir para pararem de agredi-lo. Fiquei desesperada quando vi meu filho amarrado”, disse.
Um rapaz diagnosticado com esquizofrenia foi agredido por populares e amarrado pelo pescoço em um poste após quebrar o vidro de um carro que estava estacionado na avenida Prudente de Morais, na tarde desta sexta-feira (13), no bairro de Lagoa Seca, em Natal. A Polícia Militar foi acionada e encaminhou Igor Carlo Guerra do Nascimento, de 26 anos, para a Delegacia de Plantão da zona Sul. Não foi registrado boletim de ocorrência nem por parte do dono do carro, nem por parte do rapaz agredido. Uma pessoa que passava pelo local registrou a agressão e enviou o vídeo ao G1. O vídeo mostra o rapaz sendo amarrado pelo pescoço com uma corda em um poste e levando chutes e murros de populares. A mãe de Igor, a auxiliar de farmácia Minerva de Medeiros, de 49 anos, contou ao G1 que o filho saiu de casa para ir a uma consulta com o psicólogo. Ela terminava de se arrumar para acompanhá-lo, mas ele não quis esperar. “Ele foi na frente e eu saí em seguida. Quando vi a confusão na avenida Prudente de Morais me aproximei e vi que era meu filho. Eu comecei a gritar, a pedir para pararem de agredi-lo. Fiquei desesperada quando vi meu filho amarrado”, disse. Igor foi amarrado pelo pescoço em um poste 
(Foto: Reprodução)
O soldado Nascimento, que atendeu a ocorrência, disse que ao chegar ao local o rapaz estava amarrado pelo braço. "Ele não estava mais sendo agredido. O caso dele é de hospital, não de delegacia, mas trouxemos ele pra cá para evitar uma confusão maior no local. A mãe dele assumiu o prejuízo e não foi preciso registrar ocorrência. É uma pena que a população tenha agido dessa forma, mas a sociedade está tão cansada de tanta violência que ninguém sabe como agir em uma situação como essa", afirmou. O PM afirmou que a orientação à população é que acione a polícia para que sejam tomadas as providências. O dono do carro estava na delegacia, mas não quis falar com a reportagem.
Minerva de Medeiros contou que a doença do filho foi diagnosticada em 2008 e desde então ele faz acompanhamento médico e toma remédios controlados. Ela apresentou o atestado onde consta que o filho tem CID10: F25, que pela Classificação Internacional de Doenças significa transtornos esquizoafetivos. “Ele tem esses rompantes, essas mudanças repentinas de comportamento. Uma hora ele está bem, em outra fica agressivo”, contou. Ela relatou que essa não é a primeira vez que ele tem uma crise na rua. “Ele já agrediu um rapaz na rua uma vez sem razão aparente e também já quebrou móveis e eletrodomésticos em casa”, disse.
Na delegacia, Igor relatou que quebrou o vidro do carro com uma torneira de alumínio que ele levava no bolso. Perguntado sobre as razões que o levaram a fazer isso ele respondeu apenas "não sei".
Emocionada, a mãe de Igor falou do preconceito enfrentado pela família. “É muito difícil, as pessoas não entendem a doença, a sociedade ainda tem muito preconceito, é injusta”, disse. Apesar das agressões sofridas pelo filho, ela optou por não registrar boletim de ocorrência. “Eu não quero mais problemas, tudo isso é muito difícil. Estar em uma delegacia já é muito humilhante. Meu sentimento hoje é confuso”.
O soldado Nascimento, que atendeu a ocorrência, disse que ao chegar ao local o rapaz estava amarrado pelo braço. "Ele não estava mais sendo agredido. O caso dele é de hospital, não de delegacia, mas trouxemos ele pra cá para evitar uma confusão maior no local. A mãe dele assumiu o prejuízo e não foi preciso registrar ocorrência. É uma pena que a população tenha agido dessa forma, mas a sociedade está tão cansada de tanta violência que ninguém sabe como agir em uma situação como essa", afirmou. O PM afirmou que a orientação à população é que acione a polícia para que sejam tomadas as providências. O dono do carro estava na delegacia, mas não quis falar com a reportagem. Minerva de Medeiros contou que a doença do filho foi diagnosticada em 2008 e desde então ele faz acompanhamento médico e toma remédios controlados. Ela apresentou o atestado onde consta que o filho tem CID10: F25, que pela Classificação Internacional de Doenças significa transtornos esquizoafetivos. “Ele tem esses rompantes, essas mudanças repentinas de comportamento. Uma hora ele está bem, em outra fica agressivo”, contou. Ela relatou que essa não é a primeira vez que ele tem uma crise na rua. “Ele já agrediu um rapaz na rua uma vez sem razão aparente e também já quebrou móveis e eletrodomésticos em casa”, disse. Na delegacia, Igor relatou que quebrou o vidro do carro com uma torneira de alumínio que ele levava no bolso. Perguntado sobre as razões que o levaram a fazer isso ele respondeu apenas "não sei". Emocionada, a mãe de Igor falou do preconceito enfrentado pela família. “É muito difícil, as pessoas não entendem a doença, a sociedade ainda tem muito preconceito, é injusta”, disse. Apesar das agressões sofridas pelo filho, ela optou por não registrar boletim de ocorrência. “Eu não quero mais problemas, tudo isso é muito difícil. Estar em uma delegacia já é muito humilhante. Meu sentimento hoje é confuso”. Mãe apresentou atestado do filho Igor Carlo do Nascimento (Foto: Fernanda Zauli/G1)
Do G1 RN

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