segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Com apoio de artistas, Marina entra em semana "tudo ou nada"

Marina Silva em São Paulo
São Paulo – Depois de meses de esforço para tirar o partido do papel, Marina Silva e o Rede Sustentabilidade entram em semana decisiva: ou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprova a criação da sigla até a data limite de 5 de outubro – o próximo sábado, um ano antes das eleições de 2014 – ou o partido até poderá vir a nascer, mas sem a possibilidade de participar do pleito do ano que vem.
Os magistrados do TSE se reúnem às terças e quintas. Na prática, portanto, o destino dos apoiadores do Rede – dentre os quais vários famosos atuantes, como os atores Marcos Palmeira e Wagner Moura (veja vídeos a seguir) – será decidido até o dia 3.
As perspectivas, porém, não são exatamente animadoras.
Os ministros do TSE votarão sobre uma pressão maior para aprovar a agremiação depois que duas siglas percebidas como pouco programáticas, o PROS e o Solidariedade, tiveram os registros concedidos na última semana.
Diferentemente destes, o Rede nasceria cacifado por 20 milhões de votos de Marina Silva nas últimas eleições presidenciais. O partido conseguiu ainda angariar a simpatia de parte do eleitorado que se diz cansado da política e se identifica com a ex-candidata verde.
Mas o fato é que o novo possível partido não obteve todas as assinaturas que precisaria para passar pelo TSE. A lei exige o apoio de 492 mil nomes - o relativo a 0,5% do eleitorado nacional - em 9 estados.
Segundo o Rede, porém, foram entregues 450 mil. O grupo alega que existem outras 95 mil assinaturas válidas que foram rejeitadas sem justificativa pelos cartórios. Agora, o Rede quer que elas sejam validadas diretamente pelo TSE.
O processo, porém, seria inédito. Nos bastidores, alguns ministros deram indícios de que, sem assinaturas, não há como a aprovação sair.
Embora receba críticas por ter começado o processo de criação do partido já muito tarde, Marina Silva não dormiu no ponto na reta final: principalmente na última semana, a ex-senadora passou por um périplo entre os gabinetes dos ministros do Tribunal para sensibilizá-los de que o Partido merece ser criado.

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