terça-feira, 3 de setembro de 2013

Eleição do PT na Bahia coloca partido em ebulição

O Partido dos Trabalhadores na Bahia está em ebulição. O clima que cerca o Processo de Eleição Direta (PED) está longe daquele projetado pelas lideranças de correntes majoritárias que contavam com a formação de uma “chapão consensual”.

Nesta segunda-feira (2), a reportagem do Bocão News recebeu um release da candidatura do sindicalista e secretário do partido Everaldo Anunciação com os números finais de filiados aptos a votar após expira o prazo de regularização ao partido na última sexta-feira (30).

Dos 90 mil petistas filiados no estado, 44 mil poderão escolher um dos cinco postulantes à sucessão de Jonas Paulo, além de decidir os dirigentes nacional, municipais e regionais. A eleição acontece no dia 10 de novembro.

No material enviado à imprensa, a assessoria de Everaldo afirma que o candidato se destaca como o grande favorito, pois tem o maior número de apoio. Inclui na lista o atual presidente estadual do partido, além dos quatro pré-candidatos ao governo do estado.

O texto ressalta ainda que na executiva do partido, composta por 19 pessoas, Everaldo teria o apoio de 16.

O radialista Ernesto Marques, também postulante à presidência estadual, não faz a mesma avaliação. De acordo com Marques, este é “um caso raro em que o adversário ressalta o seu rápido enfraquecimento, logo no começo da campanha. Se os números deles estiverem certos, digo que venceremos a eleição a menos que eles considerem todas as "garrafinhas" nos respectivos engradados”.

O também sindicalista faz referência à projeção dos aliados de Everaldo que estimam alcançar 75% dos votos. Para Marques, “isso é subestimar a militância e reduzir o PED a uma mera formalidade, durante a qual encenaremos um teatrinho por dois meses. Enquanto eles antecipam a vitória, como fez FHC naquela inesperada derrota para Jânio, eu vou correr trecho e conversar com a companheirada de todas as tendências, que não curtiu a ideia de chapão, muito menos de candidato único”.

Marques recorda ainda que “primeiro era o fato consumado em torno do chapão e do candidato único. Com a candidatura na rua, anunciaram que estava resolvido e era 90% a 10%. Depois passou para 80 a 20 e agora 75 a 25”.

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