segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sindicato dos Jornalistas da Bahia repudia agressão e violência da PM

A região do Iguatemi virou uma praça de guerra (Foto: Almiro Lopes/Bahia Notícias/Reprodução)
A região do Iguatemi virou uma praça de guerra (Foto: Almiro Lopes/Bahia Notícias/Reprodução)
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) divulgou na noite deste sábado (22) nota de repúdio à Polícia Militar, pelas agressões sofridas por profissionais, no exercício de suas atividades, hoje, durante a cobertura das manifestações em Salvador.
Confira a íntegra da nota:
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) protesta vigorosamente contra atos de repressão praticados neste sábado (22/06), por policiais militares contra os jornalistas Francis Juliano, Evilásio Júnior e Tiago di Araújo durante a repressão a manifestantes na região do Iguatemi. O repórter Francis Juliano, do Bahia Notícias, foi preso e conduzido para a 16ª Delegacia Territorial, na Pituba ao questionar a policiais sobre o motivo de espancarem um fotógrafo. Em seguida, o editor-chefe Evilásio Júnior foi agredido com palavrões, empurrões e spray de pimenta no rosto, por determinação do capitão PM Themístocles.
  Os policiais, além da prisão arbitrária, agrediram os jornalistas com palavrões. Policiais também forçaram na reigão dos Barris, o fotógrafo Tiago di Araújo, do Ibahia, a apagar fotos de sua máquina sobre a repressão ao movimento de protesto.
Além do registro público das agressões, o Sinjorba encaminhará ao Governo da Bahia protesto formal e também solicitará ao Ministério Público Federal, que já avalia excessos cometidos pela PM na repressão aos manifestantes, solicitação de apuração dos fatos.
O Sinjorba apoia as manifestações do povo brasileiro realizadas ao longo dos últimos dias, pedindo respeito à integridade física e ao direito de expressão garantidos pela Constituição Brasileira. É função dos jornalistas registrar os fatos decorrentes da ida da população às ruas e quando esta atividade é cerceada pela brutalidade policial, trata-se de um grave sintoma da tentativa de encobrir o descontrole, abuso de autoridade e falta profissionalismo dos que atuam nas ruas para manter a ordem pública.

Salvador, 22/06/2013.

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