quinta-feira, 27 de junho de 2013

Caso Águia Branca: peritos denunciados pelo PM são ouvidos em Itabuna


Nesta quinta-feira (27) quatro peritos envolvidos na confecção e aprovação do laudo de acidente ocorrido em 5 de janeiro de 2008, na rodovia Ilhéus-Itabuna, serão ouvidos em audiência na 2ª Vara Criminal em Itabuna, no Fórum Ruy Barbosa, às 14h. Paulo Roberto Libório, Robson Lincoln Farias, Sérgio Murilo Cardoso e Sérgio Selma dos Santos, do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itabuna, foram denunciados por falsa perícia pelo Ministério Público da Bahia.

A colisão do Ford Fiesta (JOK-7698) com o ônibus da Águia Branca (MQM-0992) em frente à Churrascaria Los Pampas provocou a morte das estudantes Larisa Alpoim, Priscyla Gama, Tatiana Franco e Elis Maiane Santana. Os técnicos do DPT itabunense negam erros ou favorecimentos à empresa Águia Branca e acabaram absolvidos em processo administrativos devido à prescrição das investigações.

De acordo com matéria publicada no site Pimenta na Muqueca, a denúncia contra os peritos foi feita pela promotora pública Renata Dacach. Ela comparou resultados de laudos confeccionados pelos peritos do DPT de Itabuna com os laudos da equipe da corregedoria do DPT e da Polícia Civil e um laudo independente para oferecer a denúncia à Justiça.

Além disso, a promotora observou diversas ligações e suspeitas de favorecimento da Águia Branca ao perito Paulo Libório, contra o qual solicitou quebra de sigilos bancário e fiscal.  Para Dacach, Libório “alterou a verdade dos fatos relativos ao acidente em troca de benefício ou promessa de benefício” da Águia Branca. Lincoln, Sérgio Murilo e Sérgio Selma acabaram denunciados por subscrever um segundo laudo do acidente e que chegou às mesmas conclusões do trabalho de Libório.

As suspeitas de favorecimento por parte da empresa de ônibus para mudar o resultado do laudo é reforçada pela série de ligações de um funcionário da Águia Branca para Libório. Outro ponto destacado pela promotora na denúncia é que a empresa ingressou com ação contra a família de Priscyla, cobrando R$ 5 mil pelo reparo do para-choque do ônibus, mesmo antes do laudo ter sido tornado público ou chegado às mãos do delegado que investigava o caso.





 

5 de janeiro de 2008. Larissa Prates Alpoim, Priscylla Gama, Elis Mayanne dos Santos e Tatiana Berbert Franco viajavam no Ford Fiesta, conduzido por Priscylla , no KM 26 da rodovia Ilhéus-Itabuna, quando colidiram contra um ônibus da empresa Águia Branca. No acidente, todas morreram. Mas, o sofrimento da família se estende há mais de três anos.
No dia 28 de fevereiro deste ano o processo - que ainda não começou a ser julgado, voltou para a comarca da cidade de Cariacica, no Espírito Santo.

Na época do acidente, a empresa Águia Branca entrou com uma ação contra a família da condutora do veículo, dez dias após o acidente, pedindo o ressarcimento pelo prejuízo alegado pela destruição do para-choque do ônibus, cujo valor é de R$ 5 mil. Mas, na época, o advogado da jovem solicitou que o processo fosse execuado na cidade natal da vítima, em Itabuna, Sul da Bahia.

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