quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Líder taleban é morto em ataque americano no Paquistão


O líder taleban Mulá Nazir, morto em um ataque americano com drones, em foto de 2007. (Foto: Ishtiaq Mahsud/AP)
O líder taliban conhecido como Mulá Nazir foi morto nesta quinta-feira (3) junto com outras 15 pessoas nos primeiros bombardeios neste ano de aviões não tripulados, os drones, dos Estados Unidos no conflituoso oeste do Paquistão, que faz fronteira com o Afeganistão. O Mulá Nazir morreu em um primeiro ataque na noite de quarta-feira (2), que deixou outros oito mortos. Seis pessoas foram mortas em um segundo bombardeio nesta manhã.
O dirigente taliban estava entre os nove passageiros de um veículo que foi atingido pelos mísseis de um drone americano perto do povoado de Wana, no distrito de Sa'ar Kanda, na região tribal do Waziristão do Sul.
Após o bombardeio que matou o Mulá Nazir, outro avião não-tripulado americano atacou nesta manhã um segundo carro que circulava pela cidade de Mubarak Sahi, e matou seus seis ocupantes, na limítrofe área tribal do Waziristão do Norte. A identidade das vítimas não foi revelada.Um dos principais líderes talibans do Waziristão do Sul, Mulá Nazir sobreviveu a um atentado suicida que, segundo analistas locais, foi organizado por outro líder insurgente em novembro de 2012.
Os dois bombardeios foram os primeiros ataques de aviões não tripulados dos EUA em 2013 no Paquistão, cujo governo critica pública e frequentemente esse tipo de bombardeio, muito repudiado entre os moradores das regiões afetadas. Mais de 250 pessoas morreram no ano passado em bombardeios de aviões não tripulados americanos em zonas do oeste do Paquistão que servem de refúgio para grupos armados jihadistas que operam de ambos lados da fronteira com o vizinho Afeganistão.
Esse tipo de ataque é o preferido da administração americana para atacar organizações insurgentes que proliferam na região, de muito difícil acesso e que nunca esteve totalmente sob controle do Estado paquistanês. Embora os ataques tenham como alvo as células de milicianos que operam na zona, entre suas vítimas frequentemente estão civis, segundo grupos de defesa dos direitos humanos e organizações de ajuda com presença na região.(época)

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