O Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO) entrou com nova denúncia contra o bicheiro Carlinhos Cachoeira e mais dezesseis pessoas na Justiça. Desta vez, o MPF acusa o grupo de Cachoeira de exploração comercial de máquinas caça-níqueis com equipamentos contrabandeados. Ao receber a denúncia, a 5ª Vara Federal determinou o recolhimento do passaporte dos acusados e a proibição de viagems aos exterior, e comunicou à Interpol que os acusados não podem sair do país.
A nova denúncia foi protocolada no dia 14 de novembro, uma semana antes da Justiça condenar o bicheiro a cinco anos de prisão em regime semiaberto. Com a condenação,Cachoeira foi libertado - ele estava preso na Penitenciária da Papuda desde fevereiro, quando a polícia pediu a sua prisão preventiva após a Operação Saint Michel contra o jogo ilegal.
Segundo o Ministério Público, a denúncia contra a quadrilha foi dividida em duas partes devido à complexidade do caso - desde o início das investigações, já foram apreendidas 345 máquinas de caça-níquel. Foram denunciadas 17 pessoas, entre elas o próprio Carlinhos Cachoeira. Um dos denunciados, Geovani Pereira, está foragido.
De acordo com a denúncia, a quadrilha de Cachoeira atuou no entorno de Brasília e em Goiânia por mais de dez anos. Cachoeira cooptou a polícia, controlou pontos de exploração do jogo ilegal e contou até mesmo com o recrutamento de milícias. Segundo a denúncia, apenas em 2011 a quadrilha movimentou mais de R$ 11 milhões.Se condenados pelo crime de exploração e contrabando de máquinas caça-níqueis, os denunciados podem pegar até quatro anos de reclusão por crime imputado. Carlinhos Cachoeira, por exemplo, é imputado em 12 crimes. Lenine Araújo, Geovani Pereira e José Olímpio Queiroga foram envolvidos em 10 crimes - eles eram os principais operadores do esquema a mando de Cachoeira, segundo o Ministério Público.
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