Começa nesta terça-feira (18) a greve dos bancários. Na Bahia, a categoria decidiu em assembleia realizada na quarta-feira (12) interromper o funcionamento dos bancos por tempo indeterminado.
Na noite de segunda-feira (17), a categoria voltou a se reunir no Ginásio dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos, em Salvador, para organizar as ações durante o movimento.
Os bancários reivindicam aumento salarial de 10,25%, piso salarial de R$ 2.416 e mais segurança nas agências. A Federação Nacional dos Bancos ofereceu até agora um percentual de 6%. Segundo o sindicato da categoria, a Bahia tem 16 mil bancários. Por lei, pelo menos 30% do efetivo de funcionários deve trabalhar durante a greve. O não cumprimenro pode gerar multa à categoria.
“Nós definimos um maior investimento na questão da segurança porque não só os bancários, mas a população, são vítimas dos sequestros, que deixam sequelas para o resto da vida e queremos que os bancos invistam muito mais na segurança. Temos também a questão da saúde, que a categoria é vítima dessa história de exigir cada dia mais e mais metas e isso está levando ao adoecimento da categoria bancária, portanto queremos mais respeito da categoria bancária”, diz Euclides Fagundes, presidente do Sindicato dos Bancários.
Serviços
Durante o período de greve, serviços como solicitação de empréstimos, transferências entre agências diferentes, saques de valores altos e pagamentos de contas acima de R$ 5 mil serão suspensos. As demais atividades podem ser feitas pela internet e nos terminais de autoatendimento.
“Questão mesmo de boletos, que os próprios bancos enviam e a gente não tem como pagar. Eu mesmo passei por uma experiência na última greve em que eu tinha um acordo junto a um banco e não consegui realizar o pagamento na data hábil por motivo da greve”, diz um correntista.Alguns clientes demonstraram insegurança com a greve e procuraram as agências bancárias ainda na segunda-feira.
“Eu já tomei minhas providências, já resolvi meus assuntos. Agora vamos ver até quando essa greve vai durar”, afirma Dona Maria Ângela Encarnação
Rubem Carneiro, coordenador do Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon), explica que as pessoas que tiverem suas contas vencidas têm direito de fazer os pagamentos nas agências após o término da greve, sem o acréscimo de juros, multas ou correções.
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