quarta-feira, 26 de setembro de 2012

TRE do Mato Grosso mantém ordem de prisão contra diretor do Google


 
 
 
O juiz Amaury da Silva Kuklinski, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), negou o habeas corpus e manteve nesta segunda-feira (24) a ordem de prisão contra o diretor geral do Google no Brasil, Fábio José Silva Coelho.
A ordem de prisão é resultado de um processo em que o candidato a prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) pede a retirada de vídeos do YouTube que o citam como suspeito de praticar crimes. Ele teve decisão favorável da Justiça, mas as imagens continuaram a ser veiculadas.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Google Brasil, mas até a publicação desta reportagem não obteve retorno.
A prisão do diretor foi determinada na última quinta-feira (20) pelo juiz Flávio Saad Perón, da 35ª Zona Eleitoral. Ele também determinou a retirada do site de compartilhamento de vídeos do ar em Campo Grande e, se possível, em Mato Grosso do Sul, por um dia.
Kuklinski determinou que o mandado de prisão seja encaminhado à Polícia Federal para que o diretor seja conduzido até uma delegacia para as providências necessárias.
Histórico
As imagens que circulam pela internet apontam Bernal como incentivador da prática de aborto, além de ter relação com crimes de embriaguez, lesão corporal contra menor, enriquecimento ilícito e preconceito contra os mais pobres.
Em entrevista ao G1, o candidato Alcides Bernal afirmou que o conteúdo dos vídeos postados na internet é "mentiroso". Ele disse ainda que os vídeos fazem parte de uma “estratégia eleitoreira” para abalar a candidatura dele como prefeito.
Outro caso
Na Paraíba, o juiz Ruy Jander Teixeira, da 17ª Zona Eleitoral de Campina Grande, também mandou prender neste mês um diretor do Google no Brasil, Edmundo Luiz Pinto Balthazar, por descumprir decisão judicial. A decisão foi tomada após a empresa não retirar do YouTube um vídeo que, segundo o juiz, ridiculariza um dos candidatos à Prefeitura da cidade, Romero Rodrigues (PSDB). O TRE suspendeu a decisão após recurso.
Na ocasião, o Google informou que apenas oferece uma plataforma tecnológica para que os usuários publiquem o seu conteúdo independente. A empresa disse que, por isso, não é responsável pelo conteúdo publicado na internet.

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