sábado, 22 de setembro de 2012

Julgamento de Claudia Oliveira é adiado



No dia 13 de setembro, quinta-feira, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia iria julgar o processo em que Cláudia Oliveira é acusada do crime de “compra de votos”. No entanto, no inicio da sessão, a defesa interpôs recurso pedindo mais tempo para analisar os grampos telefônicos, concedidos pela Polícia Federal e que incriminam a deputada.

Mesmo depois de presos e soltos sob fiança, a polícia continuou grampeando o telefone celular da quadrilha, que foi pega se preparando para o golpe, em 2010. Em um dos trechos, onde os acusados preparam a defesa, é possível ouvir os assessores de Cláudia cominando com advogado as estratégias de defesa. Num determinado trecho, o advogado fala: “… quando te perguntarem do dinheiro, diga que era da venda de gado”, e do outro lado, um assessor envolvido responde: “eu não tenho gado, inventa outra…”, o advogado sugere: “diga então que foi da venda do cacau …”.

O último recurso, apresentado por Cláudia, foi negado pelo Relator do processo, Dr. Cássio Miranda, mas outro juiz do TRE, Dr. Josevandro Andrade, que aparece no vídeo do “agulhão”, fazendo sinal de positivo com a mão, retirou o processo da pauta no exato momento do julgamento, sob o argumento de que precisava “analisar com mais cuidado as gravações obtidas pela PF”.

O Juiz Federal Saulo Casali ainda argumentou que o pedido de vista era “procrastinador”, ou seja, só visava ganhar tempo, enfatizando que o crime fora praticado no ano de 2010 e até então ainda não havia sido julgado. Porém, o regulamento do Tribunal permite a ação perpetrada pelo Juiz Corregedor, que aparece no vídeo do “agulhão” de sunga vermelha e camiseta branca.


A data do novo julgamento já foi definida pelo Tribunal Regional Eleitoral, estando marcada para a próxima quinta-feira, dia 27 de setembro, à partir das 9H30 da manhã. Se condenada, Cláudia não só perde o mandato de deputada estadual, como também tem o seu registro de candidatura, à prefeitura de Porto Seguro, cassado, tornando-se, definitivamente, uma “ficha-suja”, pelo prazo de 8 anos, já que será julgada por um “colegiado” de juízes, em Salvador.

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