Na noite desta quarta-feira (1º), Sandy participou de um bate-papo com o público, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Centro da Cidade. A conversa faz parte da turnê em que ela se apresenta cantando Michael Jackson. Entre os temas comentados, a cantora falou sobre a diferença da época que cantava com o irmão Júnior e agora, que canta sozinha.
"Cantávamos para 70 mil pessoas e hoje faço show para duas, quatro mil pessoas. E eu ainda luto para as pessoas conhecerem o meu trabalho. Mas sei que aquelas duas mil pessoas são o meu público, as pessoas para qual eu faço música, as que querem me ouvir", disse Sandy.
A cantora que ficou 17 anos ao lado do irmão, ainda comentou sobre as dificuldades da carreira em dupla e o crescimento do público. "As pessoas tinham vergonha de dizer que eram fãs de Sandy e Junior. E por muitas pessoas terem nos acompanhado pro tanto tempo, os fãs cresceram, e alguns hoje são pais. E hoje essas pessoas não tem vergonha de dizer que gostavam. Algumas vezes eles me encontram, e estão com os filhos e dizem: 'Olha filho, a Sandy'; E a criança de uns quatro anos não me conhece, porque não fomos da época deles, e é muito engraçado a cara que ela faz".
Em carreira solo há dois anos, Sandy ainda considera que está aprendendo. "Hoje os pés estão mais firmes no chão. Estou mais segura e tranquila. É o estilo que eu busquei. Mas ainda estou aprendendo qual é o meu tamanho, o meu lugar e o meu público", contou.
E completou: "Muitas coisas que faço hoje é com o meu investimento. Hoje eu gasto mais do que recebo. Antes, a gravadora tinha dinheiro e pagava clipes caríssimos, o que é diferente de hoje em dia. Mas esse é o preço da liberdade. Eu faço meu dead-line. não tenho o compromisso de lotar estádios e nem de vender milhares de cópias. Até porque hoje quase não existe o mercado fonográfico onde as pessoas compram cd's, todo mundo baixa. Graças a Deus tem o iTunes. Essa semana comprei quatro cd's lá, me senti tão bem".
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