sábado, 19 de janeiro de 2013

Ninguém quer um "coronel"...


Sob ataque que o envolve diretamente no caso do mensalão e obviamente envolvido em outro caso, o de Rosemary Noronha, que estendeu tentáculos criminosos nas mais altas instâncias do poder republicano, Lula não arreda o pé.
Reúne-se com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para “orientar o secretariado”. Reúne-se com a presidente Dilma Rousseff para "definir os caminhos dos dois anos finais do mandato”.
São ambos “os postes” de Lula, como humildemente reconheceu Haddad, o que coloca o ex-presidente, perigosamente, na situação de quem pretende controlar o Brasil com o próprio braço e – o que é pior – com a própria mente.
As histórias de Lula povoam o imaginário cibernético e as páginas da imprensa. A tudo isso, em vez de uma retirada obsequiosa, ele responde com o desejo do poder e da política de assistência social, com os olhos vendados ao capital, assumindo sua condição de pelego-mor.
Esse mesmo homem, que emergiu das lutas dos trabalhadores do ABC paulista na década de 70 para disputar cinco eleições presidenciais, ao lado dos seus acólitos chamava de “caudilho” o líder trabalhista Leonel Brizola, que, nas suas palavras, “pisaria no pescoço da mãe para ser presidente”.
Brizola não chegou lá, por motivos que não cabe aqui discutir. Lula chegou, para promover a falsa ascensão dos pobres e enriquecer mais ainda os banqueiros. Ocupou palácios, aos quais quer voltar, para rasgar os códigos de ética, aliar-se à podridão nacional e, quem sabe, sonhar com a supressão das liberdades.

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