O clima entre os fornecedores de medicamentos e materiais hospitalares segue tenso com a Secretaria de Saúde do Estado (sesab), que tem como gestor responsável o secretário Jorge Solla. O motivo seria uma dívida milionária do governo estadual com as empresas que prometem, a partir de agora, boicotar as licitações que visam reabastecer o estoque de materiais das unidades de saúde pública.
As informações são de que 70 corporações da Bahia estão unidas para deixar de fornecer todo o tipo de material e medicamentos. A ação tem início agendado já para o pregão agendado para esta quarta-feira (06) dos pregões para a reposição do estoque do Hospital Central Roberto Santos (HCRS), Hospital Geral do Estado (HGE), João Batista Caribé e Octávio Mangabeira.
A Sesab informou por meio de sua assessoria que desconhece o movimento de boicote contra a secretaria e descartou a possibilidade de falta de medicamentos e material hospitalar nas unidades. Ainda de acordo com a Sesab, todas as empresas que prestam serviços para a saúde sabem o trâmite de liberação dos pagamentos e ‘burocracia’ para a quitação do serviço, burocracia essa, segundo a assessoria, que deve ser levada em consideração.
As justificativas não convenceram os empresários que estima dívida acima dos R$ 150 milhões. Nesta manhã grupos de fornecedores estão fazendo barricadas em frente ao HGE, Roberto Santos, Caribé e Octávio Mangabeira para chamar a atenção do governo e, principalmente, dos pacientes.
De acordo comum dos responsáveis pela ação, fornecedor de material de limpeza e cirúrgico, a Sesab deveria ter depositado mais de R$ 1 milhão na conta da empresa no mês de junho, mas até a presente data nem um centavo entrou.
“Tivemos uma reunião com Jorge Solla na segunda-feira e ele disse que está tentando resolver e nos passou as dificuldades financeiras que atravessa o Estado. Mas, nossas empresas pagam, em dias, todos os impostos estaduais. Se não pagar temos sérios problemas, mas eles não”, explicou o empresário que prefere não ter o nome divulgado.
Ainda de acordo com a fonte, a falta de repasse pode provocar, em curto prazo, um colapso na saúde local. “Tem empresa que vai deixar de fornecer um material, porque não tem mais como pagar pela matéria prima e se esse material específico faltar no hospital, o paciente pode até morrer”, concluiu o fornecedor que espera uma solução breve.
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