Lula falou. Raro ouvir a voz do Supremo Líder nos últimos dias. Como sempre, conseguiu reunir várias asneiras num só discurso. Por exemplo: “Na hora que provar que está errado, puna quem quer que seja, seja meu parente, seja adversário. A lei é para todos. Isso vale para nós, isso vale para eles. Agora, parece que a lei só vale para o PT”. Que lei vale para o PT? A que martiriza doentes? A que aposta na impunidade e demoniza o Poder Judiciário por ter cumprido a lei? A eterna divisão entre “nós” e “eles”. Lula insiste em dividir o Brasil. Parece querer – na impossibilidade de uma separação física – que “eles” sejam exterminados. “E a resposta que a gente dá para eles não é ficar com ódio, xingando, fazer igual eles fazem conosco. A resposta que a gente vai dar para eles é garantir o segundo mandato da companheira Dilma Rousseff”. Mais uma vez a tentativa de reescrever a história. Nós é que xingamos? Que temos ódio? Que ameaçamos com força física e desejos de mortes prematuras? Que lucramos com blogs onde o racismo é declarado? Que inventamos fatos ou os distorcemos? A explicação vem a seguir. Qualquer coisa se transforma em argumento para reeleger Dilma. Afinal, o que fariam os companheiros se perdessem as boquinhas federais? “Se alguém do PT desviar um tostão, eles darão uma manchete maior que se alguém do outro lado roubar um milhão. É o sucesso do PT que incomoda”. O mesmo de sempre: a imprensa, esta insuportável força da democracia que insiste em noticiar fatos. É a mesma inversão de valores já anunciada. Lula falou. E como sempre não disse nada. (Reynaldo-BH).
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