quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Rosemberg Pinto defende transporte clandestino e detona diretor da Agerba

Na época da TWB, Rosemberg Pinto também batia em Eduardo Pessoa (direita), diretor da Agerba. Agora o motivo é outro: transporte clandestino. (Foto: Arquivo/Jornal da Mídia)
Na época da TWB, Rosemberg Pinto, ex-Petrobras, também batia em Eduardo Pessoa (direita), diretor da Agerba. Agora o motivo é outro: transporteclandestino. (Foto: Arquivo/Jornal da Mídia)
REDAÇÃO DO JORNALDA MÍDIA
O deputado estadual Rosemberg Pinto, líder do PT na Assembleia Legislativa, parece ser mesmo o calo do diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa. Enquanto os empresários do transporte reclamam da invasão do transporte clandestino na Bahia, também denunciada por funcionários da agência que atuam na área de fiscalização, o parlamentar voltou a fazer críticas abertas a Eduardo Pessoa.
Entende Rosemberg que Eduardo Pessoa está passando do limite tolerável ao impor uma fiscalização arbitrária da Agerba a veículos no interior. Por isso, o parlamentar procurou o líder do governo, Zé Neto, para se queixar. Na região de Zé Neto, Feira de Santana, o transporte clandestino come solto.
“Cheguei ao limite. É uma situação surreal, um procedimento inusitado, nem carona a um amigo se pode dar. A Agerba não pode criar suas próprias regras”, detona Rosemberg Pinto, segundo o blog Por Escrito.
Pergunta-se: quais seriam as “próprias regras” criadas pela Agerba? Seria a Lei Estadual número 11.378/09 sancionada pelo governador Jaques Wagner (PT) em 18 de fevereiro de 2009 para regulamentar o transporte intermunicipal e complementar de passageiros da Bahia? Será que o parlamentar Pinto já teve o cuidado de ler o conteúdo da lei? Claro que não.
A Agerba, como é do conhecimento público, perdeu completamente a autonomia no governo Wagner, por conta justamente da ingerência de deputados como Rosemberg Pinto, João Bonfim, Rogério Andrade, Zé Neto, Bira Coroa, entre outros. E com o “OK”, também, diga-se, do secretário de Infraestrutura e vice-governador Otto Alencar, que só pensa em polítca. Pouco se importa o secretário com o papel que a agência de regulação, controlada por sua pasta, poderia exercer em defesa do cidadão. Não é por pouco, afinal, que a Agerba é uma instituição hoje desacreditada e desmoralizada.
O deputado Rosemberg, para fazer média com seus eleitores de Itapetinga e região, onde o transporte irregular campeia, está confundindo alhos com bugalhos. Pura demagogia. Transporte complementar é uma coisa e transporte clandestino é outra completamente diferente. Quando o governador Jaques Wagner sancionou a lei do transporte complementar, foi para disciplinar o setor e não para gerar essa verdadeira esculhambação que existe hoje na Bahia, com carros de passeio sendo utilizados na clandestinadade para transportar passageiros incautos.
O transporte complementar, como diz a lei, é para atuar no complemento de linhas não atendidas pelo sistema regular. Sem concessão do Estado, se fazer transporte em topics, vans, e carros de passeio entre Feira de Santana, terra de Zé Neto, e Salvador, é transporte clandestino, sim, pois está à margem da lei. É isso que o deputado quer?
Não estamos aqui defendendo Eduardo Pessoa nem quem quer que seja. Longe disso. Mas parece que a intenção do petista Rosemberg Pinto é muito clara. É bagunçar de vez o sistema de transporte regular, aquele que paga impostos, que emprega e que pelo menos tem seus carros vistoriados pelo órgão regulador. O que Rosemberg quer é coisa mesmo de petista aloprado.
Vale lembrar que não é esta a primeira vez que o deputado Rosemberg Pinto bate e com a intenção de detonar Eduardo Pessoa. Na época do escândalo da TWB, quando Pessoa foi à Assembleia Legislativa para mostrar a caótica situação da concessionária do ferryboat, Rosemberg surpreendeu a todos ao defender a empresa de São Paulo. Carimbou o parlamentar, na época, as suspeitas de que a TWB tinha estreitas ligações com políticos e com setores do governo Wagner.
O diretor da Agerba, se quisesse reagir, poderia escancarar a realidade do transporte clandestino na Bahia, protegido por esses deputados demagogos. O transporte irregular na Bahia é, hoje, uma coisa vergonhosa, perigosa e responsável por centenas de vítimas. É realmente lamentável o fato de a Agerba sequer divulgar uma nota pública sobre o que vem acontecendo. A agência de regulação parou no tempo, está neutralizada, não tem mais projeto para nada, graças também à subserviência total dos seus diretores. Os servidores da agência de regulação, que sabem da importância e do verdadeiro papel da autarquia, devem estar envergonhados e escondendo os crachás com essa politicagem que tomou conta da Agerba.
PS: Recomenda-se cuidado redobrado à Agerba com esses negócios nebulosos envolvendo o sistema ferryboat (de novo). Tem empresas no meio, já atuando de alguma forma no sistema, bem ramificadas, inclusive na área petrolífera. As informações que circulam são preocupantes. Se a CPI do Ferryboat vingar, vai ser uma confusão só!

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