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Se fosse vendida há seis anos, o valor da estatal daria para comprar 21 milhões de carros populares – sete carros para cada morador de Salvador (onde a média da população ultrapassa os três milhões de habitantes). Hoje, compraria apenas três milhões de veículos – um para cada morador da capital baiana.No dia 12 de dezembro de 2014, o valor da estatal era de R$ 127 bilhões. Isso significa que, em apenas 25 dias, a companhia se desvalorizou em R$ 21 bilhões. Em 2011, a Petrobras chegou a ser a 5ª maior empresa do mundo, avaliada em R$ 291,5 bilhões.
O preço das ações da Petrobras na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou à mínima de R$ 8,04, na terça-feira, 6, fechando o dia em R$ 8,33 – 80,92% a menos do que os R$ 43,66 que as ações valiam em maio de 2008. A estatal brasileira vale hoje menos do que antes do anúncio das descobertas do pré-sal.Para investidores do mercado financeiro, é como se as reservas gigantes de petróleo, anunciadas em novembro de 2007, tivessem perdido todo o valor. Para o consultor independente Daniel Lopes, da Futura Invest, o comparativo faz sentido. “Acho que hoje a Petrobras vale até menos. Até o pré-sal que foi tão festejado é dúvida agora. É imprevisível que ele seja viável. Se a empresa não conseguir operar num nível de petróleo mais alto, não é viável”, analisou.
MotivosAs investigações de corrupção não são o único motivo para a decadência. A Petrobras acumula, nos últimos anos, uma sucessão de episódios que a levaram à descida desenfreada.
As quedas tiveram início em 2008 com a crise financeira global, que impactou a Bolsa brasileira. Em 2013, a Petrobras sofreu prejuízos porque não pôde reajustar os preços da gasolina para não influenciar a inflação. Em 2014, quando a cotação da estatal ensaiava uma recuperação, as notícias de corrupção atingiram a empresa.
Neste início de 2015, as incertezas que rondam a companhia podem desvalorizar ainda mais a Petrobras. O balanço contábil do terceiro trimestre de 2014, que deveria ter sido publicado até 14 de novembro, já teve sua divulgação adiada várias vezes e agora está previsto para sair até 31 de janeiro – prazo final que a estatal tem para não pagar multas astronômicas aos credores pelo atraso
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