Enquanto a direção nacional do PT classifica a prisão dos petistas condenados no processo do mensalão como “um espetáculo indesejado e condenável”, o governador Jaques Wagner foi mais comedido em declarações exclusivas, ao Bocão News, na noite desta segunda-feira (18). O chefe do Executivo participou da abertura do 2º Encontro de Prefeitos, promovido pela UPB, em Guarajuba, e garantiu que os condenados não são ameaças para a sociedade.
“A decisão, na verdade, não está completa porque ainda falta decidir sobre os embargos infringentes, mas vamos aguardar. Eu sou suspeito para falar porque conheço cada um deles e não acho que nenhum deles seja uma ameaça para a sociedade. Mas tem coisas que foram identificadas e houve essa a condenação”.
Wagner acredita em um julgamento político já que envolve militantes de um partido que está no poder e pelo formato das condenações, mas ressaltou que, apesar disso, não acredita que os ministros julgaram politicamente. “A gente está vivendo em uma democracia e tudo na vida é política, ainda mais envolvendo militantes de um partido. A própria forma como o julgamento foi feito, aberto, diferente de outros. É evidente que virou de clamor popular. Não estou dizendo que a cabeça de cada julgador tem um viés político, mas é evidente que todo mundo que vive nessa sociedade tem política”.
Sobre o julgamento de outros casos como o mensalão tucano, o governador foi enfático: “o Supremo [Tribunal de Justiça] deve cumprir a sua obrigação”.
PT Bahia
No último sábado (16), o ainda presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia, Jonas Paulo, defendeu ferrenhamente os condenados petistas. O líder da sigla criticou a atuação do Poder Judiciário na questão. “Isso ainda demonstra que vivemos em uma democracia desequilibrada com um Judiciário instável e frágil diante dos poderes econômicos e políticos”.
O petista baiano ainda asseverou que os condenados são presos políticos, na tentativa de prejudicar o projeto petista dos últimos anos. Jonas, que foi relator da Comissão de Ética Nacional do PT no caso Delúbio Soares em 2005, afirmou que não encontrou provas na época. “Sem provas, sem culpa e sem nexo com a verdade”.
Com informações do repórter Lucas Esteves
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