Bahia 247
Conhecido por polêmicas de longas datas, o juiz federal baiano Fernando da Costa Tourinho Neto completou 42 anos de carreira e se aposenta no próximo mês. Em entrevista à IstoÉ, o magistrado falou de temas de grande repercussão negativa, entre eles a recente soltura do bicheiro Carlinhos Cachoeira e a anulação das provas da operação da Polícia Federal que contra o ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o Juquinha.
Entre as declarações contundentes à revista, Tourinho Neto fala de sua conterrânea e colega de magistratura, a presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon.
Questionado sobre nunca ter ido para o STJ, apesar da carreira notória, ele diz que nunca quis indicação política para sua profissão e dispara contra Calmon. "Nunca concordei com apadrinhamentos. Eliana Calmon dizia o mesmo, mas depois foi lá e pediu a bênção do ACM e do Jader (Barbalho)".
Entre os temas polêmicos, Tourinho Neto critica ainda a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão e diz que discorda da condenação do ex-ministro José Dirceu.
O juiz também diz que é favorável à PEC 37, que tira do Ministério Público o poder de investigação. "Sou contra o poder de investigação do Ministério Público, porque normalmente o procurador ou promotor se envolve na investigação. A polícia investiga, o MP acusa e o juiz julga. Essa separação de poderes garante o estado democrático de direito. A quebra dessa lógica é uma miséria".
Veja aqui a entrevista completa da IstoÉ.
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