Uma multidão invadiu as ruas de Paris na tarde de domingo para protestar contra o casamento entre homossexuais, em uma última mobilização antes da adoção definitiva do projeto de lei que legaliza a união e adoção por casais do mesmo sexo.
A polícia usou gás lacrimogêneo para barrar manifestantes que tentavam invadir o Champs-Elysées em um perímetro interditado aos organizadores da manifestação.”Entre 100 e 200 pessoas tentaram forçar uma barreira policial para entrar nos Champs-Elysées”, explicou um porta-voz da polícia.
O presidente da UMP, Jean-François Copé, presente na manifestação, pediu que “François Hollande preste contas” após famílias terem sido vítimas de gás lacrimogêneo. Líderes da Frente Nacional (extrema-direita) também estavam presentes.
Telões foram instalados do Arco da Defesa até o Arco do Triunfo. Faixas foram penduradas nas varandas: “Não toquem em minha filiação”, “Queremos emprego, não casamento gay”.
Valores - “Não desistiremos”, assegurou Marie, 30 anos. “Viemos defender o fato de que a família composta por um pai e uma mãe é o melhor para as crianças”, ressaltou.
Durante uma breve entrevista, Frigide Barjot, uma das principais organizadoras do evento, exortou o presidente Hollande a se concentrar mais nos problemas econômicos do país em vez das famílias: “Queremos que o presidente cuide da economia e deixe a família em paz”, declarou.
Os opositores querem pedir a Hollande que retire o texto para ser submetido a um referendo. Segundo eles, este projeto, que possibilita o casamento e a adoção por casais do mesmo sexo, “perturba totalmente a sociedade, negando o parentesco e a filiação natural” e isso teria “consequências econômicas, sociais e étnicas incalculáveis”. (Folha)
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