quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Secretário sobrevoa Chapada Diamantina e fala sobre incêndios que atingem a região


Desde a última sexta-feira (19), diversos focos de incêndio estão atingindo cidades e regiões da Chapada Diamantina, preocupando moradores, ambientalistas e autoridades. Nesta quarta-feira (24), o secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, sobrevoou os municípios de Piatã, Abaíra e Mucugê e, em entrevista aoiBahia, contou como está a situação na região. 

"Os focos de incêndio estão muito grandes e bastante preocupantes", relata Spengler. O secretário afirma que ainda não foi possível fazer o cálculo da área atingida pelo fogo, mas apontou os municípios de Piatã - e na Serra de Santana, próxima ao município -, Abaíra, Morro do Chapéu, Andaraí, Brotas de Macaúbas, Érico Cardoso, Lençóis, Wagner, Barra da Estiva, Itaetê e Mucugê - nesta última cidade, o fogo está atingindo o Parque Nacional da Chapada Diamantina. 

De acordo com Spengler, as cidades mais afetadas são Piatã, Abaíra, Mucugê e Érico Cardoso, com focos próximos aos municípios, o que causa ainda mais preocupação. O Parque Estadual das Sete Passagens, o qual a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) tem a obrigação de cuidar, também está sendo atingido pelo fogo. Além da Chapada, o incêndio também atinge no oeste baiano, a exemplo das cidades de Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia, além da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Preto.
Incêndios começaram na última sexta-feira (19)


"Hoje [quarta-feira], entre ações da chapada e oeste, tínhamos em ação 536 brigadistas voluntários, coordenados pelo Inema e pelos bombeiros, além de 58 homens também no combate direto", conta Spengler. Segundo a Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), seis aeronaves atuam nas regiões afetadas e o trabalho de combate ao fogo também envolve dez técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e seis policiais militares da Companhia de Polícia Ambiental e do Cerrado (Cippa). O Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo), o Instituto Chico Mendes (ICMBio) e moradores de cada uma das cidades também dão apoio à operação, informou a Secom.
É difícil apontar os motivos do incêndio neste primeiro momento, de acordo com Spengler. Entretanto, as causas mais comuns são o manejo inadequado de queimadas, a ação de caçadores, além de situações na margem de estradas, como jogar toco de cigarro do carro. "E também pode ter, sem dúvidas, ação criminosa, porque a pessoa gosta de tocar fogo. Mas não se pode afirmar que a grande maioria dos incêndios é criminosa. Há uma cultura no Brasil de fazer a preparação da terra depois da seca com a queimada", diz o secretário estadual, completando que é um erro de manejo e que tem que existir uma política com ações preventivas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário