Desde 1980, 20% dos mangues deixaram de existir.
Foto: Nori Almeida
A urbanização, a poluição, o uso excessivo da água e a forte produção agrícola levaram ao desaparecimento de metade dos pântanos mundiais no século 20. O alerta, que foi feito pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), no dia 16 de outubro, marca o lançamento de um relatório sobre o tema.
Segundo o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, é preciso colocar esses ecossistemas no centro do manejo da água, urgentemente, para que sejam alcançadas as necessidades econômicas, ambientais e sociais da população mundial. O chefe do Pnuma lembrou que até 2050, o planeta terá 9 bilhões de habitantes.
O relatório também destaca que, desde 1980, 20% dos mangues deixaram de existir. O documento recomenda regulamentações que protegam os pântanos e ressaltem sua importância, e garantam que os pântanos sejam soluções para o manejo da água e da terra.
Steiner afirmou que muitas medidas políticas "não levam em consideração o que os pântanos fornecem", contribuindo para a sua rápida degradação. O Pantanal brasileiro é citado como um dos mais importantes do mundo, ao lado do Lago Chade na África e o Delta do Danúbio no leste europeu.
O Pnuma solicitou a participação das comunidades, incluindo os povos indígenas, para garantir que os conhecimentos tradicionais estejam integrados na gestão dos pântanos.
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