terça-feira, 30 de outubro de 2012

Em meio ao sigilo, líderes da oposição são cotados para cúpula de governo de Neto


Há uma ordem clara no comando do Democratas, baixada durante a corrida pela sucessão do prefeito João Henrique: é terminantemente proibido falar sobre cargos e  a orientação é declarar que não há vagas garantidas a ninguém. Contudo, nos bastidores do partido e legendas aliadas, há três nomes com alta cotação na bolsa de apostas criada em torno da formação da linha de frente da futura gestão de ACM Neto. O primeiro deles é o ex-deputado federal José Carlos Aleluia, presidente estadual do DEM.

Tido como o político com mais influência junto ao democrata, Aleluia possui duas características que são consideradas essenciais para os planos de Neto na prefeitura. Engenheiro eletricista com passagem no comando de estatais como Chesf e Coelba (antes da privatização), Aleluia é reconhecido pela alta capacidade técnica e considerado especialista no funcionamento da máquina pública.

Ao mesmo tempo, devido à experiência adquirida em quatro mandatos na Câmara dos Deputados, tem as credenciais necessárias para atuar na articulação política. O que o coloca como possível ocupante da Secretaria da Casa Civil. Contudo, Aleluia vem atuando intensamente para consolidar a estrutura do partido na Bahia, de olho no projeto  político para as próximas eleições. Publicamente, o dirigente democrata evita comentar o futuro e limita-se apenas a dizer que tentará se eleger novamente deputado federal.

Outros dois nomes do DEM que também são alvos de especulação são o ex-governador Paulo Souto e o ex-deputado Luiz Carrera. O primeiro coordenou a montagem do programa de governo de ACM Neto  nestas eleições e é reverenciado na oposição pela capacidade de gestão, assim como Carrera. Segundo líderes do partido, ambos possuem perfil para ocupar a área de Planejamento e só não estarão na cúpula da futura administração se não quiserem.

Para a Secretaria da Fazenda, considerada estratégica para ACM Neto, há duas opções na lista de especulações: o ex-secretário estadual da Fazenda, Albérico Mascarenhas, e Joaquim Bahia, que antes da eleição comandava a área fazendária da prefeitura de João Henrique. O vereador eleito pelo DEM, Cláudio Tinoco, também é cotado para assumir uma eventual pasta ligada à Cultura e Turismo.

Nas fileiras do PSDB, um dos nomes mais aventados para comandar a articulação política é o vereador Paulo Câmara, sobrinho do deputado federal Antonio Imbassahy. Entretanto, o tucano também está no centro da disputa pela presidência da Câmara de Vereadores. Os tucanos têm ainda na lista o ex-vereador José Carlos Fernandes, que já comandou a Defesa Civil do município e é especialista na área de habitação.

Em conversas reservadas, os líderes da oposição dão como certa a permanência do secretário de Educação, João Carlos Bacelar (PTN), e a nomeação de Fábio Mota (PMDB), que está no Ministério do Turismo em Brasília, mas tem tarimba reconhecida para retornar à Secretaria de Serviços Públicos. Já o PV deve  ser contemplado na administração com pastas historicamente ligadas ao partido, a exemplo de Meio Ambiente e Ação Social.

Entretanto, outras três áreas, tidas como as mais estratégicas para Neto, ainda permanecem um mistério até mesmo para figurões do DEM: Transportes, Saúde e uma futura pasta específica para prevenção à violência. Ouvidos pelo CORREIO, todos os líderes partidários da oposição asseguram que os três cargos serão escolhidos com base em critérios estritamente técnicos, com possibilidade até de serem ocupados por especialistas na área, com atuação em outros estados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário