sábado, 3 de agosto de 2013

BR-324 acumula mais de 500 buracos na pista, mostra jornal.

Na Bahia é assim: o governo concede mas não fiiscaliza nada. Além da BR-324, as rodovias estaduais pedagiados não têm qualquer fiscalização do Estado. (Foto: Reprodução/Correio)
Na Bahia é assim: o governo concede mas não fiiscaliza nada. Além da BR-324, as rodovias estaduais pedagiados não têm qualquer fiscalização do Estado. (Foto: Reprodução/Correio)
A fama da cratera de 30 metros de comprimento, 15 de largura e, agora, quase 9 de profundidade, que se abriu no Km 618 Oeste da BR-324, no dia 5 de junho deste ano — e continua por lá —, corre longe. Mas, definitivamente, o ‘buraco-pai’ das redondezas não está sozinho. A rodovia que liga Salvador a Feira de Santana tem buracos, buraquinhos e buracões. São pelo menos 517 nas duas pistas. E, sim, eles foram contados ontem pela repórter Clarissa Pacheco, do Correio.
Mas não fomos os primeiros. O professor Antônio Freire da Silva Neto também contou os buracos, na segunda-feira passada. Ele vai a Feira de Santana toda semana, desde outubro do ano passado, a trabalho ou para visitar familiares. “Na segunda-feira, como o trânsito estava bem lento, fui contar. É tanto buraco que tem trechos em que só dá para andar bem pela pista da esquerda”, disse.
No trajeto de 108 quilômetros entre Salvador e Feira, Antônio contou 244 buracos. No sentido inverso, 188. “A gente paga R$ 7,20 toda vez que vai pra Feira e volta. Para uma pista toda pedagiada, eu posso dizer que estou muito insatisfeito”, disse.
Ele comparou a situação da rodovia com a Linha Verde, também pedagiada, que corta o Litoral Norte e segue até Sergipe. “Eu dou aula em Aracaju e vou uma vez por mês. Eu pago e fico satisfeito, porque tem sinalização, tem telefone de emergência. Agora, a gente vai pra Feira e um trecho tão curto está estragado daquele jeito”, disse. Na BR-324, a tarifa para automóveis é de R$ 1,80 por praça. De Salvador a Feira, há duas praças. Na Linha Verde, R$ 4,60 em dias úteis.
Mesmo nos trechos onde não há mais buracos, os solavancos ainda são sentidos. Isso porque, nos muitos lugares onde os buracos foram tapados, a pista ficou irregular. Há lombadas em quase toda a extensão, especialmente em pontos como a foto na página anterior, onde o asfalto parece ter sido colocado diretamente no buraco.
Apesar disso, para a Polícia Rodoviária Federal (PRF-BA), a situação já foi muito pior. De acordo com o chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização do posto da PRF-BA de Simões Filho, Marcos Alves, a relação entre acidentes e buracos é baixa hoje, se comparada há alguns anos. (Correio)

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