quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Rede: Bahia deve enviar 20 mil das 50 mil assinaturas coletadas para criação da sigla

Rede: Bahia deve enviar 20 mil das 50 mil assinaturas coletadas para criação da sigla
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
A Bahia deve contribuir para a criação do partido Rede Sustentabilidade, liderado pela ex-senadora Marina Silva, com menos da metade das assinaturas coletadas em todo o estado. Das 50 mil rubricas cadastradas, apenas cerca de 20 mil devem ser validadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), número considerado normal pelos apoiadores que lideram a implantação da sigla em território baiano. O motivo alegado é a obrigatoriedade de a assinatura na ficha partidária ser idêntica à do título de eleitor. Futuros integrantes da Rede, consultados pelo Bahia Notícias, explicaram que descartam boa parte das listas, no caso da Bahia até 20 mil fichas, antes mesmo de enviá-las aos cartórios e entendem que 30% a 40% das assinaturas costumam ser rejeitadas pelo TSE. “Normalmente acontece com jovens com primeiro título ou idosos que mudaram a assinatura. É normal mesmo. Venho do PSOL e já tive essa experiência”, explicou Ícaro Argolo, um dos integrantes do comitê baiano da sigla. Ele garantiu que não houve má-fé para aumentar o número de adeptos e criticou os tabelionatos. “Tivemos um contato mais próximo com o cartório de Camaçari, que foi mais objetivo em reconhecer a limitação dos servidores da Justiça Eleitoral por não terem graduação técnica suficiente para discernir erro material, ilícito e falta de instrumento adequado para dar conta do processo de coletas”, completou. Os baianos contribuíram, até esta segunda-feira (26), com aproximadamente 12 mil assinaturas, já validades pelo TSE. 
 

Comitê da Rede na Bahia recebeu Marina Silva em Salvador
 
O comando nacional da Rede entregou ao tribunal, também nesta segunda, opedido oficial de registro e a expectativa é de que o processo termine no mês que vem. “Conseguimos cadastrar cerca de 30 mil assinaturas, pois nem sempre a ficha que vem tem o nome da mãe ou data de nascimento e só pode conseguir o título se estiver completa”, disse Rose Bassuma, que não escondeu o desejo de concorrer à Assembleia Legislativa, mas assegurou que não aceitaria a indicação para concorrer ao governo do Estado. Ela também comentou a lentidão dos cartórios, mas preferiu não creditar a demora na validação das assinaturas à concorrência política. “Não pode-se dizer que existe interesse, porque não tem nenhum partido que tenha dito [que tenta atrasar o processo], mas – subjetivamente – sabemos que a Marina Silva está crescendo nas pesquisas e é uma candidata com viabilidade para estar no segundo turno. Isso gera a expectativa de que alguns partidos realmente não tenham interesse”, avaliou. Outro integrante do comitê, Júlio Rocha também ressaltou que há 826 mil assinaturas em todo o país, sendo que uma legenda precisa de aproximadamente 500 mil para ser oficializada pelo TSE. No próximo sábado (31), será realizada no Salvador Trade Center, na Avenida Tancredo Neves, às 14h, uma plenária para reunir os apoiadores da Rede. “A ideia é propor algo novo e disputar eleições para presidência, governador, senador e deputados. [Candidato ao governo do Estado] pode ser uma mulher, pode ser alguém novo na política”, resumiu Rocha. Nenhum dos organizadores da Rede na Bahia adiantou os nomes que têm sido cogitados internamente. Eles alegam que algumas pessoas ainda não foram convidadas, mas Rose Bassuma prometeu divulgar os nomes de possíveis postulantes na próxima semana. 

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