A pasta era comandada por Paulo Sérgio Passos, também baiano e correligionário de Borges, contudo, tido como um profissional discreto e avesso ao meio político. Passos substituiu o presidente do partido, Alfredo Nascimento, na pasta quando este caiu após diversas denúncias.
Os reflexos da escolha ainda vão ser avaliados nos próximos dias. O que se divulgou é que o ex-governador da Bahia não é unanimidade dentro do PR. Poucos dias atrás, a presidente teve de substituir Brizola Neto (PDT), do Ministério do Trabalho, por conta da insatisfação da legenda. Quadro incentivado pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, antigo ministro.
Na Bahia, o fato também remete à conjuntura pré-eleitoral. Em 2010, Borges quase foi candidato pela chapa de Jaques Wagner, que à época venceu a segunda eleição. A costura não deu certo e o republicano tentou a vaga para o Senado na coligação capitaneada pelo candidato derrotado, Geddel Vieira Lima (PMDB).
O PR baiano não reconhece totalmente em Borges o seu representante “puro sangue”. Dos quatro deputados estaduais da legenda, dois estão de malas prontas para deixá-la justamente pela aliança com Wagner. São eles, Sandro Régis e Elmar Nascimento. Nascimento, inclusive, o último ironicamente é líder da bancada de oposição no parlamento.
O posicionamento de presidente estadual do partido, Borges, também o colocou em rota de colisão com Maurício Trindade, deputado federal licenciado que comanda a secretaria municipal de Promoção Social e Combate a Pobreza na gestão de ACM Neto (DEM).
A decisão de nomear Borges coloca o PR na condição de aliado de primeira ordem no projeto de sucessão de Wagner, mas em política o cenário pode mudar a qualquer momento. Por enquanto, o PT vai ampliando o arco de alianças trabalhando com a ideia de que alguns dos partidos que estão com ele hoje devem ou sinalizam que podem se rebelar e embaralhar o pleito em 2014.
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