A advogada Ieda Ribeiro de Souza, que defende os 26 réus do Massacre do Carandiru, disse que já recorreu da sentença que condenou 23 dos 26 policiais militares acusados da morte de 13 detentos no massacre, proferida na madrugada deste domingo (21), noticia a Agência Brasil. O juiz José Augusto Nardy Marzagão, que presidiu o julgamento, fixou a pena em 156 anos de reclusão para cada um, em regime inicial fechado. A advogada disse acreditar que a condenação dos policiais não traduz a vontade da população. “Eu vi [a decisão] com muita frustração. Foi uma decisão por maioria de votos. Na verdade, por diferença de um voto e isso não reflete a vontade da sociedade brasileira”, disse. “É possível sempre ter um novo julgamento. Vou ter um novo conselho de sentença, vou ter novas pessoas trabalhando para entender esse caso, não ficar só nas informações externas a ele”. Para Ieda, é possível que o julgamento seja anulado. O Massacre do Carandiru ocorreu em 2 de outubro de 1992 e terminou com a morte de 111 presos. Ao todo, 79 policiais militares foram acusados, mas o caso precisou ser desmembrado em quatro partes devido à sua complexidade.
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