sábado, 23 de março de 2013

Mulher faz protestos sem roupa e é atropelada na aldeia Maracanã


    Uma ativista do grupo Femen, organização feminista criada na Ucrânia conhecida por fazer protestos sem roupa, aderiu nesta sexta-feira ao movimento dos índios contra a desocupação da aldeia Maracanã, área anexa do estádio, no Rio. Às 11h de sexta-feira (22), Sara Winter, integrante do grupo, tirou a camiseta e invadiu a avenida Radial Oeste gritando: "Assassinos, assassinos". Ela foi atingida por um carro, mas levantou e continuou protestando.
  O grupo tem participado ativamente de manifestações no Brasil. Em junho do ano passado, elas protestaram na Rio+20. As integrantes do movimento fizeram topless durante uma passeata. Entre outras causas, protestam contra o turismo sexual impulsionado por eventos esportivos. "O topless é uma estratégia de marketing e também uma forma de dizer que posso fazer o que quiser com o meu corpo. Por que mostrar o seio é considerado atentado ao pudor?", disse no ano passado um ativista.

CLIMA TENSO:
    Em clima de tensão, as negociações entre índios e o governo do Rio de Janeiro continuavam no fim da manhã de hoje. Segundo a assessoria do vereador Jefferson Moura, do PSOL, que participa dos trabalhos, nesse primeiro momento apenas as crianças serão retiradas do local pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. Elas devem ser levadas para um hotel e, depois, para uma área em Jacarepaguá, na zona oeste. Às 11h15, os índios agrupavam as crianças para a retirada. Os manifestantes liberaram o portão, que estava trancado com cadeado e bloqueado com pedaços de concreto, e o embarque acontece em vans do governo estadual. Policiais do Batalhão de Choque acompanham o movimento à distância, sem interferir.

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