segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mais de 60 milhões de brasileiros estão endividados, aponta BC


Quase um em cada três brasileiros já tem algum empréstimo de pelo menos R$ 1 mil em bancos, financeiras ou no cartão de crédito,informa o Banco Central.
O País possui hoje pouco mais de 60 milhões de pessoas vinculadas a operações de crédito ativas em instituições financeiras.
O retrato detalhado do universo de pessoas que usam o crédito no Brasil é o primeiro resultado da ampliação do chamado Sistema de Informações de Crédito (SCR).
Desde janeiro, esse banco de dados é alimentado pelos bancos que são obrigados a detalhar operações individuais ou conjuntas que somem mais de R$ 1 mil.
Antes, só empréstimos acima de R$ 5 mil eram declarados. Com isso, o BC passou a ter dados para acompanhar com lupa 99% de todas as transações de crédito no Brasil. Antes, os detalhes alcançavam 88%.
Dentre os brasileiros que têm empréstimos ativos, 31,2 milhões estão com dívidas que de mais de R$ 5 mil. O restante – 29,7 milhões de pessoas – deve entre R$ 1 mil e R$ 5 mil.
Nesses valores, estão todas as operações oferecidas por bancos, financeiras e cartões, tais como financiamento imobiliário e de veículos, cheque especial, empréstimo consignado, crédito pessoal e uso do parcelamento rotativo do cartão.
Salvador – Desde o início de 2012 este assunto preocupa o Sindicato dos Lojistas do Estado da Bahia (Sindlojas) que fez sucessivos alertas sobre o assunto.
O presidente da entidade, Paulo Mota, informa que 2011 fechou com 7,5% de inadimplência, na Bahia. Em Salvador, os números são ainda maiores. Cerca de 650 mil pessoas estavam devendo na praça, no ano passado, o que representou 21% da população da cidade.
O problema despertou a atenção do Procon-BA, órgão da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, que elaborou um roteiro de palestras e oficinas sobre planejamento financeiro, a fim de tentar evitar o agravamento da situação.
Técnicos do órgão programam apresentações em bairros da capital baiana e falam sobre os riscos do consumismo e a necessidade do equilíbrio do orçamento doméstico, orientando a comunidade sobre “Como Prevenir o Superendividamento”.

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