Mais um caso de ação judicial contra a cantora Ivete Sangalo veio à tona nos bastidores e chegou, através de fontes, à equipe de reportagem do Bocão News. Desta vez, o protagonista do episódio seria o primo dela, João Clemente. Ele, que trabalhou por muitos anos como vendedor executivo dos shows da artista, foi demitido em junho do ano passado, contabilizando a leva de funcionários que perderam a cadeira após crise na Caco de Telha Entretenimento.
Atualmente, Clemente está no time da Timbalada, onde realiza funções semelhantes às executadas para a musa do axé. Nossa equipe de reportagem entrou em contato com João Clemente, que disse não querer falar sobre este assunto, sem detalhar o processo. Em contato com a assessoria da cantora, a redação foi informada que não há o que ser dito sobre o caso.
As demissões
No dia 6 de junho de 2011, Ivete Sangalo colocou um ponto final na relação profissional com o principal executivo da Caco de Telha Entretenimento, João Clemente, que trabalhava como seu vendedor exclusivo. João era responsável pela agenda e comercialização dos shows de Ivete. Na época, fontes informaram ao Bocão News que foi a própria artista que demitiu o executivo.
Ao todo, 15 funcionários foram dispensados da Caco, entre eles o próprio imão, Jesus Sangalo e o vice-presidente da empresa, Ricardo Martins. O vice-presidente foi demitido no ano passado, durante reunião com a cantora Ivete Sangalo e seu empresário, Jesus Sangalo. Na época, em conversa com o Bocão News, Jesus Sangalo declarou: "O que você tem a ver com isso? Não é da sua conta", afirmou.
E a lista não parou por aí. Jesus Sangalo deu seguimento e esteve entre as peças colocadas para fora, além da prima Jackeline Sangalo, responsável pelo setor jurídico da empresa.
Retrospecto
O início do ano passado foi marcado por uma série de turbulências na vida empresarial da musa do axé. Não é mais segredo de justiça o processo que correu contra Ivete Sangalo, assinado por seu ex-baterista, Antônio da Silva, conhecido como Toinho Batera, que pediu indenização de R$ 5 milhões por verbas trabalhistas. Sem sigilo, agora é possível acessar o que a justiça demanda da cantora.
Na época, Batera contou à Folha que foi obrigado a abrir uma empresa, para não ser contratado formalmente. Toinho Batera denunciou a cantora após ser demitido, em 2010. Isso ocorreu no mesmo período que Ivete descobriu um rombo financeiro na Caco de Telha, supostamente causado pelo irmão dela, Jesus Sangalo, de acordo com a revista Veja.
Batera declarou ainda ao jornal que, após ser demitido, ainda foi agredido por Jesus Sangalo, enquanto tentava um acordo. O irmão de Ivete nega as acusações. Agora, o banco e a gravadora da cantora têm que revelar quem administra pagamentos da banda. Em fevereiro deste ano, a Receita Federal também abriu investigação contra a empresa dos músicos de Ivetão, a Banda do Bem, para investigar indícios de irregularidade fiscal. Em junho, a Justiça quebrou o sigilo bancário da Banda do Bem.
Hotéis onde o baterista se hospedou em turnês foram investigados e a gravadora Universal Music também vai ter que mostrar recibos de pagamentos feitos ao baterista.
A Caco de Telha Produções Artísticas, administradora da carreira de Ivete, e o advogado do músico, Willer Tomaz, confirmaram a realização do acordo com Batera. No entanto, eles não informaram o valor envolvido na negociação e os termos da conciliação permanecem mantidos em sigilo por uma cláusula de confidencialidade.
O processo judicial fez com que a Receita Federal abrisse uma investigação em fevereiro de 2011 sobre as empresas da família de Ivete. A Caco de Telha foi submetida a uma auditoria e acabou reestruturada. Ivete teria promovido uma mudança no controle da empresa, transferindo 90% das cotas da companhia para uma nova empresa de participações com objetivo de gerir voz, imagem, marcas e direitos de propriedade intelectual, além da adquirir cotas de outras companhias.
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