A ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público estadual contra todos os vereadores de Itabuna e 14 funcionários e assessores da Câmara foi motivada por supostas irregularidades no uso de diárias. O promotor Inocêncio de Carvalho disse em entrevista exclusiva ao PIMENTA que constatou irregularidades em diárias de vereadores para cidades turísticas.
De acordo com o promotor, irregularidades foram descobertas ao confrontar os históricos das diárias e informações repassadas pelas companhias aéreas e hotéis que sediaram cursos de qualificação. “Mandei ofício para os hotéis onde ocorreriam os cursos. Pedi [informações] de todos os eventos, como lista de presença, ficha de inscrição”, afirma ao blog.
Segundo o promotor, vereadores e funcionários registraram frequência nos cursos, mas não obtinham certificados por causa da baixa carga horária. “O curso tinha 40 horas e o vereador frequentava apenas oito”, exemplificou. Inocêncio de Carvalho afirma que em muitos dos lugares informados como locais do curso não houve aula, conforme resposta dos hotéis.
Questionado pelos vereadores Vane e Wenceslau, o promotor disse que a ação pode ser movida em qualquer momento e frisa não ter denunciado apenas quem é candidato, mas todos os vereadores.
Inocêncio de Carvalho citou, em sua defesa, que nomes como Didi do INSS e Ricardo Bacelar, que não disputam reeleição, também responderão à ação civil por improbidade. Todos os outros vereadores também são citados: Ruy Machado (PTB), Milton Gramacho (PRTB), Rose Castro (PSDB), Milton Cerqueira (PRB), Roberto de Souza (PR), Clóvis Loiola (PSDC), Raimundo Pólvora (DEM), Solon Pinheiro (DEM) e Gérson Nascimento (PSB).
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