O ex-governador da Bahia atual vereador de Salvador, Waldir Pires, relembrar os anos de chumbo no Brasil. No dia do golpe militar, que hoje completa 50 anos, Waldir tinha 37 anos e era um dos homens mais importantes do então presidente João Goulart. Em entrevista a Tribuna da Bahia, Waldir fala sobre os anos de exilio – sete no total.
Crítico do período da ditadura, que durou de 1964 a 1985 - Waldir também deu mostras de que a democracia tão festeja no Brasil é frágil. “Nossa democracia não está plena, nem sólida e nem madura. É uma democracia em instalação frágil. É uma democracia em estado de construção. A democracia é aquela busca em seu conceito básico e surgiu centenas de anos antes de Cristo, no mundo grego”, afirma Waldir.
Sobre os anos de exilio – Waldir fico em países da América do Sul - , o petista diz que na fase inicial, “o exílio é uma expectativa de que você, na semana seguinte, pode voltar. Tudo quanto era notícia dava a impressão de que voltaríamos logo”.
Para Waldir, o decreto que instituiu o AI-5, em dezembro de 1968, foi o momento “mais atroz”. “Quando veio o AI 5, para mim, foi a notícia mais atroz. O AI 5 significava o endurecimento da ditadura e a partir daí uma consolidação de uma ditadura por 15, 20 anos.”.(bocao)
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