quarta-feira, 23 de abril de 2014

Prisão de Prisco não quebra acordo entre Estado e PM, garante Castro

Crimes cometidos em 2012 e agora em 2014, juntamente com a apuração por parte da Polícia Federal e da Justiça foram os motivos que, segundo o comandante geral da Polícia Militar do Estado da Bahia, coronel Alfredo Castro, levaram à prisão do vereador e líder das greves da PM, Marco Prisco (PSDB), ocorrida na última sexta.
 
Em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (23) à Rádio Metrópole, Castro fez questão  de ressaltar que "não foi o Estado que pediu a prisão de Prisco. Fizemos um acordo e este está matido. Mas, não há concessão de que tem que retirar a apuração que está sendo feita em nível federal. Teve dados que a Justiça mesmo promoveu e queria saber do Estado como estava o movimento da greve. Veio tudo da Justiça Federal. E quem está apurando solicita informações. Por isso, não existe quebra de acordo e posso afirmar hoje que existem propostas e acordos entre o Governo e a categoria", afirmou, salientando que na pauta de propostas estaria a anistia - que é a liberação de qualquer PM envolvido com a greve, "mas o estado não poderia deixar de passar as informações e assim não o fez".
 
 
Questionado sobre a postura do deputado estadual Capitão Tadeu (PSB), que se intitulou líder grevista após a prisão do edil, coronel Castro disse que "da mesma forma que ele pediu para a polícia se aquartelar, eu pedi para orientar. A prisão de Prisco não levou a nenhum desacordo e se criou um ruído. Por isso, na madrugada tivemos uma conversa com Eliana Calmon que teve uma postura apolítica e imparcial. Ela estava lá como cidadã baiana e foi um convencimento que ela fez a Tadeu explicando que não houve interferência do Estado na prisão de Prisco. Existe uma prisão preventiva por conta da possível mobilização que ele (Prisco) estava fazendo", contou Castro.
 
Para o comandante - que na oportunidade listou o balanço da greve deste ano - totalizando 109 homicídios em 48 horas de paralisação, uma greve só deve ser decretada quando o diálogo terminar. "Até agora não vejo motivo porque está existindo diálogo. Queremos recuperar algumas perdas salariais. Vejo como precipitada a ação de qualquer movimentação grevista na Bahia", avaliou.
 
Por fim, Castro defendeu o Estatuto a ser seguido pela PM apresentado pelo Governo do Estado e, sutilmente, mandou um recado para Tadeu. "A gente não quer disputar momentos de vaidade".

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