A 5ª Vara do Tribunal de Justiça do Distrito Federal bloqueou os bens do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, do ex-diretor da construtora Delta Claudio Abreu e de outras seis pessoas acusadas de montar um esquema para fraudar licitação milionária no serviço de bilhetagem eletrônica no transporte coletivo em Brasília. A informação é do site G1. Ainda segundo o portal, a Justiça autorizou a quebra dos sigilos bancários e fiscal dos oito envolvidos e da Delta.
Em interceptações telefônicas gravadas pela PF na Operação Saint-Michel, os envolvidos afirmam que o negócio pode render até R$ 60 milhões mês. O Ministério Público havia denunciado os oito à Justiça nesta sexta-feira.
A Operação Saint-Michel foi deflagrada em 25 de abril pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Distrito Federal, e culminou com a prisão de Cláudio Abreu. A ação é um desdobramento da Operação Monte Carlo, na qual Cachoeira foi preso e acusado de exploração de jogo ilegal.
Procurado pelo G1, o advogado de Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos, considerou a de decisão da Justiça como "descabida".
- É uma decisão absolutamente descabida e ilegal. Eu tenho até dúvidas com relação à competência judicial [...] Não achei justa a decisão - disse ao G1.
Segundo Bastos, na segunda-feira, ele irá estudar com mais detalhes da decisão. O advogado afirmou, também, que aguarda ainda para terça-feira o julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a respeito do pedido de revogação da prisão preventiva do bicheiro.
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