O vereador Henrique Carballal (PT) procurou a imprensa no último final de semana para afirmar que o superintendente de Ordenamento e Uso do Solo, Cláudio Silva (PP), não suportaria nem um “suspiro” se de fato uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) fosse instaurada na Câmara Municipal para investigar o escândalo das Transcons.
Mais que isso, o petista tratou de mandar um recado claro ao superintendente que poderia, em uma conjuntura traçada mais adiante, ser indicado pelo prefeito João Henrique e outros caciques pepistas para vice na chapa de Nelson Pelegrino, pré-candidato petista. Há quem diga que Carballal será um dos coordenadores da campanha do correligionário.
Nesta segunda-feira (21), o jornalista do Correio*, Jairo Júnior, coloca outros ingredientes nesta querela. De acordo com ele, a promessa de uma cruzada de fogo contra Silva feita por Carballal tem outra razão. Na verdade, duas origens podem ser identificadas: a primeira ocorreu há cerca de um ano, quando o petista tentou, sem sucesso, conseguir autorização para que uma empresa do Sul do país explorasse estacionamento em área pública.
Na oportunidade, chegou a trazer representantes da empresa para a cidade, mas não foi atendido. No domingo, teria ocorrido nova negativa. Dessa vez, buscava liberação para obra na BR-324m que ainda está sem licença ambiental. Nos dois casos, Silva alegou que não poderia atender à solicitação do vereador devido à inexistência de parâmetros legais.
Fato é: Carballal, enquanto vereador, se tem provas sobre o envolvimento do superintendente em qualquer ilícito tem a obrigação de denunciar. Cláudio Silva, enquanto superintende, se está sendo chantageado ou ameaçado pelo vereador, também tem a obrigação denunciá-lo. Até que isso aconteça as declarações de ambos não passam do disse e me disse cansativo do dia-a-dia da política e do que ela tem de mais desprezível.
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