terça-feira, 21 de outubro de 2014

Baianos Allan do Carmo e Ana Marcela confirmam título do Mundial de Maratonas Aquáticas

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Se no feminino há alguns o Brasil se coloca como principal força das maratonas aquáticas, a temporada 2014 marca a entrada de vez do País entre os melhores no masculino. E para coroar o ano, Allan do Carmo confirmou, neste sábado (18), em Hong Kong, o primeiro título brasileiro entre os homens no Circuito Mundial da Fina (Federação Internacional de Natação). Ana Marcela venceu entre as mulheres. Os dois já tinham o título praticamente assegurado, mas, pelas regras da competição, precisavam mergulhar na última e principal etapa da temporada, em Hong Kong. Mais do que isso: foram ambos ao pódio. Ela, com um bronze polêmico, dado após contestação da delegação brasileira. Ele, com uma medalha de prata. Além deles, o Brasil ainda faturou uma prata com Poliana Okimoto e o quarto lugar com Diogo Villarinho. Para Ana Marcela, a regularidade valeu muito mais do que o título. Afinal, três anos depois de perder a chance de ir para a Olimpíada de Londres/2012 por conta de um 11.º lugar no Mundial/2011 (precisava ficar entre as 10 primeiras), a baiana tem mostrado uma regularidade ímpar. Nas oito etapas da temporada, Ana Marcela subiu ao pódio, com cinco medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze. No masculino, Allan do Carmo também foi bastante regular, com duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze. Ele ainda faturou um quarto e um quinto lugares e só foi mal na primeira prova da temporada. Vale destacar, entretanto, que só brasileiros e alemães, no masculino, fizeram a temporada completa do Circuito Mundial, cujo ranking considera a soma total de resultados, sem descartes. Principal concorrente de Allan ao título, o alemão Thomas Lurz, maior nome da história da modalidade, não foi a duas etapas, enquanto o baiano participou das oito. De qualquer forma, Allan somou 121 pontos, contra 88 de Lurz na classificação final. Nas duas provas em que o alemão não foi, o brasileiro ganhou 36 pontos. Ou seja: mais do que a vantagem final que teve sobre Lurz. No feminino, Poliana Okimoto foi a cinco etapas, apenas, e não cumpriu o mínimo regulamentar para ser vice-campeã (precisaria competir seis vezes, mas sofreu uma lesão nas costas). Ganhou um ouro e cinco de prata. Em três das cinco provas ficou à frente de Ana Marcela, que ganhou todas as vezes que nadou sem sua maior rival - sempre no Canadá. Na prova deste sábado, chegadas emocionantes. No feminino, Poliana Okimoto perdeu na batida de mão para Anna Olasz (Hungria), com uma diferença de 0s2 no relógio. Já a chegada de Ana Marcela Cunha e a britânica Kari-Anne Payne, um segundo e meio depois, foi tão próxima que a Fina resolveu dividir o bronze entre elas depois de um protesto brasileiro pelo quarto lugar de Ana Marcela."A temporada foi muito boa, mas como já entrei campeã na última prova, fiquei ansiosa pra saber a minha colocação para fazer história, estar no pódio em todas as etapas. A prova de Hong Kong foi bem mais forte, estilo Cancún ou Setúbal, e pela temporada que fiz, estou muito contente. Agora vou tirar umas férias merecidas", disse Ana Marcela. Foi a primeira vez na temporada que a Fina dividiu medalha, o que permitiu à brasileira fazer 100% de pódios em 2014. Entre os homens, três atletas bateram praticamente juntos, com diferença de meio segundo entre eles. Ouro para o alemão Christian Reichert, prata para Allan e bronze para o também alemão Andreas Waschburger. "Termino o ano de forma positiva, com mais um pódio e fecho a temporada com chave de ouro numa prova de alto nível, disputando as primeiras colocações com mais de um adversário de peso e perdendo por muito pouco a medalha de ouro. A prova demonstrou o nível do campeonato, com cada etapa tendo um vencedor diferente", comemorou Allan.

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