Depois de se dar conta que várias famílias que realmente se enquadram nos requisitos para receber o Bolsa Família não estavam tendo acesso ao benefício, foi constatado que em Ilhéus mais de mil pessoas entre funcionários municipais, ex-funcionários e cônjuges de servidores estavam tendo acesso ao dinheiro do programa municipal.
O secretário de Desenvolvimento Social, Jamil Ocké, em entrevista ao jornal Correio explicou como aconteceu toda a negociação. “Quando assumi a secretária em 2013 a gente começou a fazer essa fiscalização, de maneira tímida, mas conseguimos fazer. Resolvemos fazer por lote, começando pelos servidores municipais e nossa surpresa foi perceber que tem servidores atuais e ex-funcionários, cônjuges, que estavam recebendo Bolsa Família e ao mesmo tempo são assalariados, alguns até com salários altos”, disse.
Ele falou ainda que o benefício foi bloqueado para essas pessoas e elas terá que se explicar ao Ministério de Desenvolvimento Social.
“A primeira coisa que a gente faz é bloquear o recebimento. A gente bloqueia, prepara o relatório social dessas famílias e manda para a Secretaria Nacional de Renda e Cidadania (Senarc), que é ligado ao Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), e aí imediatamente é feito uma avaliação para saber se teve má fé, se teve dolo… Averiguada essa questão, se eles acharem que foi má fé, fazem uma notificação à família, que tem prazo de 60 dias para se defender, direto para o MDS”, comentou.
Em Ilhéus, são 22 mil famílias atendidas pelo programa, em investimento de quase R$ 3 milhões.
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