segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Em campanha mais acirrada da história, Dilma é reeleita presidente da República



ALAN SAMPAIO/iG BRASILIA
Dilma Rousseff é reeleita presidente da República (26/10)

Depois de uma campanha duríssima e cheia de altos e baixos, a economista mineira Dilma Rousseff (PT) conquistou pela segunda vez a Presidência da República. A reeleição da presidente se confirmou por volta das 20h30 da noite deste domingo (26), quando 98% dos válidos foram computados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Neste momento, o segundo colocado na disputa do segundo turno, o presidenciável Aécio Neves (PSDB), não podia mais alcançá-la matematicamente. 
Na madrugada desta segunda-feira (27), quando 99,% das urnas estavam apuradas, Dilma tinha 54.500.287 de votos, cerca de 51,64%, contra 51.041.146 de  Aécio, 48,36%. Tanto a campanha presidencial como a vitória da petista foram as mais acirradas da história democrática brasileira.
Cerca de 30 milhões não foram às urnas neste domingo, o que representou uma abstenção de 21%. Os votos nulos foram 5.219.604, 4,63%, e os brancos, 1.921.812, 1,71%. Com 99% de urnas apuradas, o total de votos era de 112.682.849. 
Com a vitória de Dilma e os quatro anos a mais conquistados por ela, o PT vai somar quatro mandatos seguidos na Presidência, num total de 16 anos de anos, a serem completados em 2018. O número é inédito. Nenhum partido ficou tanto tempo no comando do Brasil.
Os primeiros oito anos foram de Luiz Inácio Lula da Silva, que em 2010 alçou a sua então ministra da Casa Civil candidata  a Presidente, que conquistou assim o seu primeiro mandato. 
Em 2010,  Dilma venceu com um percentual bem maior. Quatro anos atrás, a petista ficou com 56,05% dos votos válidos.  O seu adversário de então, o tucano José Serra, ficou com  43,95%. 
Campanha de reviravoltas
Dilma, que tem 66 anos, começou a corrida eleitoral como favorita, mas ao longo da campanha, a petista enfrentou momentos difíceis, como a morte em agosto do oponente Eduardo Campos, então candidato presidencial do PSB, num acidente aéreo na cidade de Santos, no litoral de São Paulo.


Divulgação
Dilma Rousseff (PT) foi reeleita neste domingo presidente da República
A morte do ex-governador de Pernambuco provocou uma comoção nacional e uma reviravolta nas pesquisas de intenção de voto. Dilma, que estava à frente, viu a substituta de Campos na chapa do PSB, a ex-senadora Marina Silva, disparar nas intenções de voto e encostar na petista.
No meio de setembro, as duas chegaram a ficar empatadas. Na ocasião, os principais institutos de pesquisas projetavam uma vitória de Marina num eventual segundo turno com Dilma. A campanha do PT começou então uma campanha de desconstrução da ex-senadora, baseada em contradições na trajetória dela, como o recuo no plano de governo dela em relação a uma agenda progressista para a população LGBT. Em menor intensidade, Aécio, então em terceiro lugar, também começou a atacar a candidata do PSB.
A desconstrução deu certo e a campanha de Marina chegou desidratada ao final do primeiro turno. Mas o PT não contava com um efeito contrário. Com a queda da candidata do PSB, os votos delas migraram em grande parte para Aécio. Com isso, o resultado do primeiro turno foi muito menos favorável do que a petista gostaria.
Em 5 de outubro, Dilma obteve 41,59%, num total de 43. 267.668 de votos. Aécio ficou com 33,55%, 34.897.211. Com o gás perdido, Marina acabou em terceiro, 21,32%, 22. 176.619. A votação do tucano surpreendeu, com uma distância menor para a petista do que projetavam as pesquisas.

último segundo

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