O Sistema Cantareira, conjunto de represas que abastecem a região metropolitana de São Paulo, bateu neste domingo (19) um novo recorde ao chegar a 3,6% da capacidade de armazenamento de água. O monitoramento diário feito pela Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Sabesp) indica queda de 0,2 ponto percentual no volume desde este sábado (18). A situação do Sistema Alto Tietê – que desde março é utilizado para suprir o abastecimento das áreas que eram atendidas pelo Cantareira – também é crítica, e chegou a apenas 9% de sua capacidade. Na semana passada, a Sabesp informou que restavam apenas 40 bilhões de litros de água da primeira cota da reserva técnica do Cantareira, cuja retirada começou no dia 16 de maio. Segundo a companhia, a segunda cota acrescentará mais 106 bilhões de litros ao sistema. Em depoimento na Câmara de Vereadores no dia 15, a presidenta da Sabesp, Dilma Pena, admitiu que, se não chovesse nos dias subsequentes, a primeira parte disponibilizada do volume morto acabaria em meados de novembro. As chuvas acumuladas na região do Cantareira em outubro, no entanto, somam 0,4 milímetro, quando a média história para o mês é 130,8 milímetros, conforme dados do órgão. E a situação deve ser ainda mais agravada pelo calor que afeta atualmente a capital paulista, que faz com que o consumo tenda a aumentar. Na última sexta-feira (17), a cidade registrou temperatura recorde, com os termômetros chegando a 39,3 °C, a maior desde o começo das medições, em 2000. Informações da Agência Brasil.
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