A pressão da inflação e o ganho real do salário mínimo em um patamar menor do que o dos últimos anos vai impactar negativamente o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, acredita o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-BA), Gustavo Pessoti. “O cenário para 2015 é preocupante. O mínimo não vai acompanhar a tendência dos últimos anos, temos um cenário de juros altos, pelo menos no primeiro semestre, por conta do momento que a gente está tendo. E a inflação não deve se descontrolar, mas estará no limite extremo”, prevê. Ele acredita que o governo vai tentar dar um choque de gestão, arrumar a casa, mas não vai conseguir livrar os cidadãos dos efeitos dos ajustes. “A inflação é o que existe de pior na economia porque faz com que todos percam.
Trabalhadores, empresas e até o governo, porque arrecada menos”, explica Pessoti.
Segundo ele, o efeito da elevação dos preços não teve um impacto tão grande este ano porque o reajuste salarial compensou, o que não deve se repetir no ano que vem. “No setor de consumo, você tem a inflação que vai sofrer o impacto do reajuste da gasolina, que interfere na vida de quem tem carro, mas também nos preços de diversos produtos que são transportados pelos carros”, diz Pessoti.
A estudante de produção cultural Mariana Rêgo, 23 anos, está preocupada.
Gasta em média R$ 450 reais de gasolina por mês. “Ainda não tenho condições de pagar a gasolina. Meu pai me ajuda, mas tem sido difícil. O preço ainda maior da gasolina afetaria a renda da minha família”, afirma. (Correio)
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