quinta-feira, 1 de maio de 2014

Fazendeiros aguarda solução para conflito de terras no prazo de 2 dias no interior de Porto seguro.

Em reunião na manhã desta segunda-feira (28), os donos das terras em conflito com Índios no interior de Porto Seguro,  decidiram que vão espera  por uma solução da Justiça para o conflito que envolve indígenas, sem terra  e proprietários rurais.
O prazo acordado durante reunião de sábado venceria hoje, mas, a pedido de alguns donos de pequenas e grandes propriedades, foi estendido para terça-feira. Durante a reunião, de hoje, também foi tratada a necessidade de uma ação de reintegração para por fim aos impasses. Por fim, eles entenderam que é preciso agilidade para a retomada de suas  terras.
Os fazendeiros voltaram a defender uma solução pacífica para a problemática das terras, que garanta os direitos dos índios sem prejudicar os produtores rurais que legalmente possuem o título das propriedades. “O Governo Federal tem que entender o equívoco histórico do passado, que ele ao titular as terras  convalidou-as, aos produtores”. Disse um dono de terra  durante a reunião de hoje.
Os produtores falaram  sobre a igualdade entre brasileiros não índios e índios. “Ouvi dizer que não poderemos ter mais a segmentação brasileiros não índios e brasileiros índios, somos brasileiros temos vários segmentos, mas somos brasileiros e Baianos e queremos uma única solução. A paz que queremos ter em nosso Estado, a garantia jurídica, a defesa dos interesses do brasileiro sul- Baiano, não interessa se negros, amarelos, ou índios”, finalizou um dono de terra.
Diante do interesse em se manter a paz no campo, bem como do escoamento dos prazos fixados no âmbito da discussão, os agricultores  querem que a justiça se pronunciem com urgência para uma solução da questão fundiária na região em conflito. Os proprietários das terras na área em conflito decidiram que irão  encaminhar, mais uma vez, proposições capazes de atender às aspirações dos produtores rurais e dos indígenas, solicitando urgência na sua implementação pelo Governo Federal.
Enquanto não  se resolve o empasse, pelos menos 150 pequenos e grandes proprietários de terras, reclamam que estão impedidos de entrar ou sair de  suas propriedades, algumas com grande quantidades de animais e outras  áreas com centenas de hectares ocupadas pela  produção agrícola.
Por outro lado, os índios afirmam que a ocupação das terras é pacífica. Puhuy Pataxó, liderança da aldeia Barra Nova, comenta que os produtores não foram ameaçados e podem retirar gados e até a casa, enfatizando que eles querem somente a terra.
O que ficou claro na posição dos índios é pressionar o governo para dar mais agilidade na demarcação de terras indígenas no extremo sul do estado. Eles reivindicam 54 mil hectares. De acordo com Araço Pataxó, eles não abrem mão das terras que estão dentro do território indígena.

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