Em meio à onda de manifestações que acontecem por todo o país e também na Bahia - inclusive com uma já marcada para esta terça-feira (23) - o governador Jaques Wagner avaliou os protestos que acontecem nas ruas em entrevista ao jornal A Tarde. “Eu considero que quem está indo para a rua, pelo menos o que eu chamo de a 'rua boa', que não é a da depredação, mas é a da contestação, está contestando o sistema político, social e econômico brasileiro. E não é para menos. Nós temos 124 anos de República. Andamos, mas continuamos com uma das maiores taxas de desigualdade. A verdade é que o Brasil ainda hoje é uma fotografia de desigualdade muito grande. É óbvio que ainda estamos muito longes de onde a gente sonha chegar. A democracia vai bem, a economia vai razoavelmente bem, mas a distribuição de renda ainda é muito ruim no Brasil”, analisa.
Ainda de acordo com informações da publicação, Wagner revelou que não acredita que essas manifestações ocasionem um impacto nas eleições. “Para mim deve ser muito pequeno porque eu não acho que as pessoas estão indo para as ruas preocupadas com eleição. Mas é evidente que o momento traz um desgaste não só para a presidente Dilma, como para os governantes de maneira geral. Quem está sentado na cadeira apanha mais. Quem está fora da cadeira apanha menos, mas também apanha”, pontuou.
Questionado se quem estava fora da cadeira tende a se beneficiar com os protestos ele negou. “Pode beneficiar quem aparenta ser outsider. Talvez a Marina (Silva). Mas o Aécio (Neves) e o Eduardo Campos? Um era governador o outro ainda é. Eles estão no sistema. Mas na minha opinião é cedo para definir algum prejuízo. A Dilma foi candidata do Lula. Ela caiu, mas o Lula é o único que ganharia no primeiro turno, só que os dois representam o mesmo conjunto de propostas para o Brasil”, comentou.(bocao news)
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