Marcha das Vadias e peregrinos da JMJ se "estranham" em Copacabana
Na contramão do evento que movimenta o Rio de Janeiro durante toda esta semana, mais de mil manifestantes integraram a Marcha das Vadias, na tarde deste sábado (27), na orla de Copacabana, onde também ocorre a vigília dos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O grupo saiu de Copacabana pela Avenida Atlântica e foi até Ipanema, pela Avenida Vieira Souto, pedindo a legalização do aborto e o fim da violência sexual. Os manifestantes ainda reforçaram a autodeterminação sobre o corpo feminino caminhando pela praia com gritos e cartazes.
Alguns peregrinos criticaram os ideais da manifestação que esbarra nos dogmas da Igreja Católica. Já outros aproveitaram também para criticar o catolicismo. Representantes da ONG Católicas pelo Direito de Decidir distribuíram uma carta aberta ao papa Francisco pedindo mudanças na Igreja, como o fim da condenação ao aborto e a bênção à união de casais do mesmo sexo.
Alguns momentos tensos marcaram a Marcha, quando radicais do movimento chegaram a quebrar imagens de santos. A manifestação foi acompanhada de perto por alguns peregrinos da JMJ, que se mostraram indignados. É o caso de Conceição Vilar, que veio da Paraíba para participar do evento católico. “É uma afronta. Eles estão aqui de penetras. Estão tirando a nossa paz e a nossa harmonia. Não há espaço para isso aqui”, disse.
A Polícia Militar acompanhou a caminhada com cerca de 50 PMs. Após a chegada em Ipanema, o grupo decidiu voltar para Copacabana e questionar fiéis sobre alguns tabus. Ao se aproximar do palco da Jornada Mundial da Juventude, uma barreira humana da Força Nacional foi armada em frente ao Hotel Rio Othon Palace.
Algumas manifestantes subiram nos ombros de companheiros e provocaram fiéis. Às 21h, o bloqueio foi furado e parte do grupo ocupou as areias nas proximidades do palco principal da JMJ.
Em nota, os organizadores do ato lamentaram a quebra de imagens. "A performance que envolveu quebra de imagens de santas na Marcha das Vadias hoje não foi programada pela organização deste evento". Informações Agência Brasil e G1.
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