sexta-feira, 26 de julho de 2013

R$ 40 milhões aplicados pelo Estado no ferryboat estão indo para o lixo

O governador Jaques Wagner foi na reincorporação do ferry "Pinheiro" dia 29 de janeiro. O Estado gastou mais de R$ 5 milhões com a maquiagem da embarcação, que voltou ao estaleiro. O controle da imprensa determinado pelo governo  faz com que as pessoas desinformadas entendam que o sistema ferryboat melhorou. Mas na prática trocaram somente uma empresa de três letrinhas - TWB -por outra de várias letras - a Internacional Marítima.
O governador Jaques Wagner foi na reincorporação do ferry “Pinheiro” dia 29 de janeiro. O Estado gastou mais de R$ 5 milhões com a maquiagem da embarcação, que voltou ao estaleiro. O controle da imprensa determinado pelo governo faz com que as pessoas desinformadas entendam que o sistema ferryboat melhorou. Mas na prática trocaram somente uma empresa de três letrinhas – TWB – por outra de várias letras – a Internacional Marítima.
REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Bem diferente do que apregoa o vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, de que o serviço do sistema ferryboat é bom e caminha para ser coisa de ”primeiro mundo”, na prática o sistema é ruim, pobre, precário e continua gerando muitas reclamações dos usuários.
Nesta quinta-feira, 25 de julho, somente três embarcações estão em tráfego, deixando usuários esperando nos terminais horas para embarcar.
Só operam hoje os navios Maria Bethânia, Juracy Magalhães e Ivete Sangalos. Os quatro demais estão quebrados. O Pinheiro, que passou quatro meses na Base Naval de Aratu sendo “reformado”, voltou ao estaleiro de forma prematura. Na “reforma” dessa embarcação foram gastos pelo Estado R$ 5 milhões.
Apesar de a Internacional Marítima, concessionária do Maranhão contratada pela Seinfra e Agerba para operar o ferryboat, alegar sem oferecer maiores detalhes, que o Pinheiro passa por ”manutenção preventiva e programada”, a realidade é outra.
O navio, que foi “reinaugurado” dia 29 de janeiro pelo governador Wagner e pelo vice Otto, voltou a apresentar problemas no sistema de propulsão e teve que ser docado de novo na Base Naval de Aratu.
Motores novos não, recauchutados – Na época em que voltou ao tráfego, a Internacional Marítima e a Agerba garantiram que os motores do Pinheiro foram substituído. Há denúncias de funcionários, tanto da Agerba quanto da Lumar e da Internacional, de que os equipamentos foram somente recauchutados e não substituídos por novos.
O governador Jaques Wagner participou da solenidade de reincorporação do navio Pinheiro ao sistema, dia 29 de janeiro, no Terminal do sistema ferryboat, em São Joaquim. A imprensa toda estava presente, mas parece que já esqueceu do fato.
Otto queria mostrar a Wagner, na oportunidade, que a reforma que o governo, através dele (Seinfra) estava fazendo no ferryboat era definitiva. O Estado desembolsou muito dinheiro – R$ 40 milhões – e dizem que o governador Wagner, hoje, não anda nada saatisfeitos com os ”resultados”.
Foi só maquiagem – Com menos de 15 dias em tráfego, todos os quatro navios “reformados” quebraram. Os serviços foram feitos pela Internacional Marítima e pela baiana Lumar. É bom lembrar, que, mesmo sem ter ainda contrato de concessão assinado com o Governo do Estado, a Internacional Marítima estava à frente dos serviços desde outubro de 2012 – a empresa da terra do senador José Sarney só assinou contrato com o Estado em março de 2013.
Portanto, estava sendo remunerada pelo Estado, presume-se, de forma totalmente irregular. Não se sabe como é que essa engenharia contratual foi concebida e feita. O Ministério Público não se pronunciou, apesar de o secretário Otto Alencar ter garantido que o MP seria informado sobre todos os atos praticados no sistema ferryboat.
Controle da Mídia - Com a mídia da Bahia totalmente controlada pelo governi, fica fácil se imaginar, para quem não é usuário, que o sistema ferryboat melhorou. Na prática, porém, nada mudou. Só trocaram o nome de uma empresa de apenas três letrinhas (TWB) por outra com muitas letrinhas – Internacional Marítima. As duas vieram de fora: a primeira do Sul e a segunda do Norte. As duas fracas, de serviços precários.
Assistir ou ouvir entrevistas do secretário Otto Alencar em emissoras de rádio e nos programas populares de televisão, é uma festa. Os “entrevistadores” fazem questão de levantar a bola para ele chutar. Uma combinação perfeita – de um político e bom comunicador com quem recebe publicidade oficial para entrevistá-lo.

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